O candidato à Câmara de Lisboa Carlos Moedas disse hoje que a exclusão de Portugal da “lista verde” britânica de viagens internacionais devido à covid-19 “não é alheia ao aumento de casos no concelho”, acusando Fernando Medina de “incompetência”.
“A decisão do Reino Unido retirar Portugal da lista verde do turismo não é alheia ao aumento de casos no concelho de Lisboa”, começa por afirmar, em comunicado, o candidato social-democrata, que encabeça a coligação Novos Tempos à autarquia lisboeta, que junta PSD, CDS-PP, PPM, MPT e Aliança.
Segundo Carlos Moedas, “o aumento de casos que se tem verificado, resulta, segundo vários especialistas, da falta de prevenção, planeamento e preparação da cidade”.
"A incompetência e a falta de liderança de Fernando Medina prejudicam a recuperação do turismo, da economia e coloca a vida das pessoas num limbo”, acusa o candidato.
“Tivesse Fernando Medina agido preventivamente e planeado a necessária fase de desconfinamento e hoje os lisboetas não estariam novamente a viver um clima de incerteza”, acrescenta Moedas.
Já a Iniciativa Liberal (IL) acusou o ministro dos Negócios Estrangeiros de “falhanço em toda a linha” por ser incapaz de “assegurar uma gestão diplomática eficaz” e prejudicar o turismo, a economia, o emprego e a imagem do país.
A acusação da IL surge a propósito de o Governo britânico ter anunciado hoje que Portugal vai sair da “lista verde” de viagens internacionais, devido à descoberta de novas variantes de covid-19 no país e ao aumento do número de infeções nas últimas semanas.
O ministro Augusto Santos Silva, diz a IL, falhou porque não conseguiu assegurar um gestão diplomática eficaz num momento em que os indicadores de saúde pública melhoraram muito e permitem até que o Governo português tenha decidido, na quarta-feira, aliviar restrições que tinham sido impostas devido à pandemia de covid-19.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro e o Presidente da República estarão em Madrid para anunciar a candidatura conjunta à organização do Mundial de 2030, diz a IL, questionando depois: “E quem é que está em Londres em 2021 para explicar aos ingleses que é seguro viajar para Portugal?”.
No comunicado, a IL insta o Governo a encetar todos os esforços para reverter a decisão britânica.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português, numa nota na rede social Twitter, disse tomar nota da decisão britânica, “cuja lógica não se alcança” e assinalou que o país prossegue um desconfinamento prudente.
Em Londres, operadores turísticos e dirigentes de companhias aéreas criticaram a decisão do Governo britânico.
Portugal, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores, vai deixar a "lista verde” de viagens internacionais do Governo britânico na terça-feira às 04:00, anunciou hoje o Ministério dos Transportes britânico.
Segundo o ministério, Portugal passa para a “lista âmbar” para "salvaguardar a saúde pública contra variantes preocupantes" e proteger a o programa de vacinação britânico.
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