“Acho que Portugal não está a beneficiar dos infortúnios de outros países. (O crescimento) é porque Portugal é bom e devia estar pronto, e está pronto, como qualquer outro país do mundo, para cooperar em assuntos de segurança, porque estas são matérias globais e não nacionais”, comentou Taleb Rifai.
Em entrevista à agência Lusa, o dirigente da agência das Nações Unidas especializada em questões de Turismo manifestou a sua crença em que “nenhum país beneficia dos infortúnios ou preocupações de outros países, porque o desafio atual é global”.
“Não é um desafio da Turquia, Egito, França, Bélgica, Tailândia ou qualquer outro país”, disse Rifai, enumerando locais alvo de ataques terroristas, para argumentar que nenhum país se pode afirmar como “100% imune” à insegurança.
“Eu acho que Portugal é um local maravilhoso para residir, para visitar e nunca me senti inseguro ou mal vindo” no país, afirmou o dirigente, que cumpre em 2017 o último ano do seu segundo mandato na OMT.
Esta deslocação de Rifai a Lisboa incluiu uma participação num seminário dedicado ao empreendedorismo e inovação no Turismo, no qual notou como o homem chegou primeiro à lua antes das rodinhas às malas de viagem, para concluir que o Turismo é “muito tradicional”.
Mas considerou que Portugal, com o foco em “jovens talentos, empreendedores e na inovação”, pode estar mais perto de um futuro que se fará na inovação, e não apenas no crescimento per si e na gestão de destinos, referiu o secretário-geral da OMT.
“Nesse sentido, Portugal está a conseguir liderar e a tornar-se muito vanguardista. E acredito que se continuar nessa linha – e tenho todos os motivos para crer que o vai fazer -, Portugal pode ser um pioneiro e um líder na inovação, liderando o caminho para o futuro”, comentou à Lusa.
Para Taleb Rifai “um pequeno país pode surgir com grandes ideias”.
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