Os dados do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia mostram que em 2015 a parte de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia atingiu 16,7% na UE, sensivelmente o dobro do valor que se verificava em 2004 (8,5%), primeiro ano para o qual há dados disponíveis, mas ainda aquém do objetivo traçado para o conjunto da União até 2020, de 20%.
No topo da lista dos países que mais recorrem a fontes de energia renováveis encontra-se, de forma destacada, a Suécia, com 53,9%, seguida de Finlândia (39,3%), Letónia (37,6%), Áustria (33%), Dinamarca (30,8%), Croácia (29%), Estónia (28,6%) e Portugal (28%).
No lado oposto, os países cujo consumo de energia menos depende de fontes de energia renováveis são Luxemburgo e Malta (em ambos os casos 5%), Holanda (5,8%) e Bélgica (7,9%).
Cada Estado-membro tem o seu próprio objetivo nacional “Europa2020”, e 11 países já atingiram a meta que haviam traçado para 2020, mas curiosamente Portugal não faz parte desse grupo, pois estabeleceu uma das metas mais ambiciosas, de 31%.
Em 2004, a quota de energias renováveis no ‘mix’ energético português era já de 19,2% e foi subindo progressivamente.
No mês passado, o Governo anunciou que vão arrancar novos projetos em energias renováveis com uma capacidade instalada de cerca de 750 megawatts e um investimento potencial superior a 800 milhões de euros.
Segundo o Ministério da Economia, "a par dos 380 megawatts de licenças para centrais solares, sem tarifas subsidiadas pelos consumidores e com cauções já entregues pelos promotores, o Governo aprovou 41 megawatts relativos a três centrais de biomassa".
A este conjunto de investimento junta-se "o projeto de energias das ondas Windfloat, que representa um investimento de cerca de 125 milhões de euros, a realizar nos próximos anos e cuja ligação a terra será feita sem onerar os consumidores (ao contrário do programado), adiantou o gabinete do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches.
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