Luis Montenegro falava no final de uma visita de três dias a Angola, focada no reforço da cooperação bilateral em várias áreas e nos temas económicos e empresariais, no decurso da qual anunciou um reforço de 500 milhões de euros da atual linha de crédito e manifestou a vontade de ter mais investimento angolano em Portugal e investimento português em Angola.
O chefe do Governo português declarou que Angola “é um país amigo, é um país irmão” e é também parceiro, quer na política internacional, quer na política bilateral.
Antes da visita, a Amnistia Internacional apelou a que Luís Montenegro aproveitasse para dialogar com as autoridades angolanas sobre as questões de direitos humanos, enquanto a UNITA aproveitou a presença do primeiro-ministro em solo angolano para pedir ajuda para reforçar o Estado democrático.
Questionado sobre estes apelos, Montenegro salientou que Portugal respeita “os valores da democracia” e dos direitos humanos em qualquer sítio, “e portanto também aqui”.
Defendeu “uma filosofia política que acredita nas pessoas, que acredita na livre capacidade e iniciativa das pessoas e das instituições”, objetivo no qual há convergência com Angola, salientando no entanto que as questões sobre o funcionamento dos órgãos e as instituições de cada país, dizem respeito a cada um.
“Cada um com a sua filosofia política, cada um com os seus métodos de intervenção política, nós temos respeito por tudo isso e temos uma comunhão de objetivos”, destacou, garantindo que o Governo português estará sempre “do lado da valorização da pessoa humana” e da dignidade da pessoa, em qualquer contexto.
“Portanto, tudo aquilo que puder ser a nossa ação e a nossa intervenção para favorecer essa dimensão humanista, nós faremos, naturalmente respeitando aquilo que é a dinâmica política de todos os países, e nomeadamente dos países amigos, aliados e parceiros, e é isso que também acontece aqui em Angola”, concluiu.
O primeiro-ministro português regressa esta noite a Lisboa.
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