António Costa falava no encerramento das Jornadas Parlamentares do PS na Guarda, num discurso em que defendeu que o seu Governo tem cumprido os seus compromissos eleitorais, os compromissos que estabeleceu com os parceiros de investidura (PCP, Bloco de Esquerda e PEV) e as regras da União Europeia.

"Devolvemos ao país a normalidade. O país respira um clima de tranquilidade, com as famílias e as empresas a já não viverem no sobressalto do que poderá acontecer no dia seguinte, se aumentava mais um imposto ou era cortado mais um salário", sustentou o primeiro-ministro.

De acordo com o líder do executivo, no último ano, deixou de haver "a incerteza de planos B do Estado, ou a necessidade de apresentação de orçamentos retificativos".

"Demos paz ao Tribunal Constitucional e há um excelente clima de relações institucionais entre o Governo, o Presidente da República, a Assembleia da República, os demais órgãos de soberania e as autarquias locais. O país recuperou a sua normalidade e não há bem maior para um país do que viver tranquilamente a sua normalidade", acrescentou.

De acordo com António Costa, a prática do atual Governo desmentiu a tese de que a manutenção na zona euro só era possível com manutenção de políticas.

"Temos provado ao longo do último ano que tem sido possível governar cumprindo os compromissos assumidos pelo PS perante os portugueses e perante os partidos que connosco formam a maioria na Assembleia da República, mas também cumprindo os compromissos no quadro da União Europeia", disse.

No fim de ano de ação do executivo, António Costa disse que estão "a aparecer os resultados", sobretudo no domínio do emprego.

"De um desemprego de 12,6 por cento vamos chegar ao fim do ano com um desemprego na ordem dos dez por cento, com mais 90 mil empregos criados. Estamos também a ter resultados no crescimento (no terceiro trimestre foi o melhor da União Europeia), com aumento do investimento. Vamos ter este ano o menor défice dos 42 anos de democracia portuguesa e no próximo ano Portugal sairá do procedimento por défices excessivos (PDE)", completou o primeiro-ministro.