De acordo com os dados do gabinete oficial de estatísticas da UE, no ano passado 36,4% dos assentos na Assembleia da República eram ocupados por mulheres, o sexto valor mais alto entre os 28 Estados-membros (a par da Dinamarca), enquanto a proporção de mulheres no executivo de António Costa era de 36,1%, o décimo melhor registo na União.
Em termos globais, a média de proporção de mulheres nos 28 governos nacionais queda-se pelos 30,2% e nos parlamentos pelos 29,9%, sublinhando o Eurostat que houve uma evolução desde 2003 (quando os valores médios na UE eram respetivamente de 23 e 21%), mas continua a não haver um único Estado-membro com uma maioria de mulheres no respetivo parlamento nacional.
Os países que mais se aproximam de uma maioria feminina nas respetivas assembleias são Suécia (47%) e Finlândia (42%), enquanto no extremo oposto da lista encontram-se Hungria (13%) e Malta (15%).
A nível da proporção de mulheres em cargos ministeriais nos governos nacionais, Espanha e Suécia, ambas com 52%, apresentam os melhores registos, seguidas por França (49%) e Holanda (42%), enquanto Hungria e Malta voltam a ocupar os últimos lugares, com apenas 7% e 12% de mulheres a ocupar cargos ministeriais (ou secretarias de Estado).
Num relatório divulgado dois dias antes de se celebrar o Dia Internacional da Mulher (08 de março), o Eurostat nota ainda que o número de mulheres chefes de Estado ou de Governo também subiu entre 2003 e 2018, apontando que no ano passado havia três chefes de Governo do sexto feminino na UE (11%), enquanto em 2003 não havia nenhuma, mas ressalva que ao longo destes 15 anos “a proporção de mulheres na chefia de governos na UE nunca excedeu os 14%, o que significa que nunca houve mais de quatro mulheres nesta posição simultaneamente”.
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