"Quanto mais nós tivermos afirmado o rigor das nossas contas públicas e a capacidade de, consistentemente, cumprirmos as nossas obrigações num quando europeu maior capacidade teremos de participar, construtiva e ativamente nesse debate, que, aliás, vários ministros das finanças europeus já iniciaram, no quadro das instituições europeias", declarou.
O governante disse estar "à vontade nesse tema" porque foi "um dos signatários de um manifesto que reuniu mais de 70 portugueses de várias áreas políticas".
"Tenho consciência da dimensão do problema e de quanto ele carece de uma resposta à escala global", acrescentou Eduardo Cabrita, que falava à agência Lusa depois de presidir à sessão de encerramento de um seminário sobre "Inclusão e Economia Social no Combate às Desigualdades", promovido pelo jornal `Sem Mais´, de Setúbal.
Eduardo Cabrita reagiu desta forma ao repto lançado pela presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira (CDU), que, pouco antes, tinha defendido a necessidade de renegociação da dívida portuguesa como forma de libertar recursos e ajudar a reduzir os problemas da pobreza, que atingem quase dois milhões de pessoas em Portugal.
O ministro adjunto afirmou ainda que o atual Governo tem levado a cabo uma política de reposição de rendimentos que também é importante para o combate às desigualdades e à pobreza.
"Aquilo que tem marcado este ano de Governo são resultados que provam que é possível o relançamento da economia, a reposição de rendimentos e a justiça social, com resultados consistentes em matéria de redução de défice público", reforçou.
"Portugal está a poucos dias de ter o melhor resultado orçamental de mais de quatro décadas de democracia. E fá-lo num quadro de paz social, de estabilidade política e de rigor, que tem permitido uma distribuição mais justa do esforço que sobre todos recai e que tem permitido uma significativa recuperação dos rendimentos dos trabalhadores e dos pensionistas", acrescentou.
Eduardo Cabrita salientou que, a par da reposição de rendimentos para trabalhadores e pensionistas, o Governo português também vai transferir mais verbas para as autarquias locais em 2017.
"Existe uma relação de confiança com as autarquias locais, que, em 2017, terão já uma transferência de recursos superiores às de 2011 e o início de uma fase de crescimento económico, que se traduziu no terceiro trimestre (deste ano) no maior crescimento na área de toda a União Europeia", justificou.
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