Falando aos jornalistas no final de um passeio por algumas das ruas que o partido considera um supermercado de compra e venda de droga de Lisboa, Assunção Cristas afirmou que a visita de João Lourenço é, “certamente, uma visita importante e que, sobretudo, dá início a uma nova fase, reatando boas relações que são históricas”.
“Angola não é um país qualquer, é um país com o qual nós temos relações muito próximas, históricas, culturais, de identidade e, sobretudo, temos a vontade, creio que recíproca, de construir relações ainda mais sólidas para o futuro”, acrescentou.
A presidente do CDS-PP considerou ser “bom haver uma normalização de relações”, dado que “há muitos portugueses em Angola, há muitos angolanos em Portugal, há muitos interesses de investimentos num lado e noutro, há muitas empresas a quererem crescer num lado e noutro”.
Por isso, “é bom que haja um bom relacionamento também ao nível político, ao nível diplomático, ao nível institucional”, referiu.
Assunção Cristas disse ainda que os centristas olham para esta deslocação do chefe de Estado angolano “com o sentido da naturalidade de um reaproximar e de um reatar de um relacionamento normal entre dois países que têm profundos laços que os ligam e, sobretudo, um grande futuro para construir”.
“E, certamente, é um novo episódio que se abre no nosso relacionamento e na construção de um futuro que seja mais positivo para todos”, rematou.
O Presidente da República de Angola, João Lourenço, inicia na quinta-feira a sua primeira visita de Estado a Portugal. O programa prevê, durante três dias, deslocações ao Porto e à base naval do Alfeite, além de Lisboa, sendo a primeira visita oficial a Portugal de um chefe de Estado angolano em praticamente dez anos.
Além do chefe de Estado e da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, a delegação angolana integra vários ministros, com a perspetiva de assinatura de acordos bilaterais.
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