De acordo com dados do INE, a taxa de poupança das famílias portuguesas (e das sociedades sem fins lucrativos que as apoiam) representou 4,4% do rendimento disponível em 2015, uma nova descida face a 2014, quando as famílias conseguiam poupar 5,2% do seu rendimento.
Em 1995, o primeiro ano para o qual o INE disponibiliza estes dados, esta taxa de poupança representava 12,5% do rendimento disponível (o valor mais alto da série), descendo para 7,5% em 2011, o ano em que Portugal recorreu a ajuda financeira externa, tendo depois iniciado um processo de recuperação, ainda que moderado.
Essa tendência inverteu-se em 2014, quando a taxa de poupança das famílias desceu face ao ano anterior, atingindo 5,2%, uma queda que se manteve em 2015 e, pelo menos, na primeira metade deste ano.
Os números referentes a 2016, ainda trimestrais, indicam que este indicador continuou a cair este ano, atingindo os 3,9% do rendimento das famílias no ano terminado em junho último.
Também o Banco de Portugal (BdP) apresenta dados para os níveis de poupança das famílias e que são semelhantes aos do INE, apontando para uma taxa de poupança dos particulares de 4,3% do rendimento disponível em dezembro de 2015 e de 3,5% em março deste ano.
Já os depósitos dos particulares nos bancos comerciais, um dos instrumentos de poupança mais comuns, ultrapassaram os 137.000 milhões de euros em dezembro de 2015.
Os números mais recentes são de agosto deste ano e indicam que os portugueses tinham depósitos no valor global de 140.691 milhões de euros nesse mês, mais 3.932 milhões de euros do que em agosto de 2015.
Entre janeiro e agosto de 2016, o montante investido em depósitos aumentou 2.845 milhões de euros, uma vez que, no final de 2015, os portugueses tinham investido 137.846 milhões de euros neste instrumento de poupança, de acordo com o BdP.
O Dia Mundial da Poupança celebra-se hoje e foi criado em 1924, no I Congresso Internacional de Economia, realizado na cidade italiana de Milão.
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