A medida, que poderá ser implementada já no próximo ano, está relacionada com os valores que a autarquia poveira antecipa poupar na vertente dos resíduos sólidos, após a implementação do sistema de recolha multimaterial “porta-a-porta”, um projeto em parceria com a LIPOR (Empresa Intermunicipal de Gestão de Resíduos do Grande Porto).
O sistema, que já está em vigor em algumas zonas da cidade, contempla a distribuição de contentores diferenciados pelas habitações e estabelecimentos comerciais, promovendo que os munícipes aumentem os níveis de separação de resíduos, e, com isso, autarquia pague menos no processamento dos mesmos, na LIPOR.
"Com a entrada em funcionamento do sistema porta-a-porta em algumas zonas da cidade, já temos alguns resultados da contribuição que os poveiros estão a dar e, pelas projeções feitas, temos condições para fazer um ajustamento nas tarifas de resíduos sólidos", começou por dizer Aires Pereira, presidente da autarquia poveira.
O líder da autarquia poveira prevê "uma redução de cerca de 600 mil euros na cobrança total aos consumidores domésticos e não domésticos, mas que terá uma maior relevância nas famílias", embora sublinhando que a medida necessita do aval da entidade reguladora.
"Se tudo se concretizar, e não vejo motivos para que assim não seja, podemos ter um reflexo positivo nos consumidores já a partir de janeiro [de 2019], até porque a entidade reguladora considerou que o preço praticado pela autarquia na vertente da água e saneamento é considerado ajustado", adiantou Aires Pereira.
O presidente da Câmara da Póvoa de Varzim vincou que, além desta prevista redução que afetará diretamente os consumidores, a autarquia irá acomodar no seu orçamento os aumentos de 5% e 1,5% aplicados no próximo ano pela Águas do Norte e LIPOR, respetivamente.
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