Em declarações aos jornalistas, à chegada ao congresso do PPE, que decorre hoje e quinta-feira em Helsínquia (Finlândia), o líder social-democrata começou por destacar que quer Weber, quer o antigo primeiro-ministro finlandês Alexander Stubb têm condições para ser o candidato da maior família política europeia à sucessão de Jean-Claude Juncker.

“Agora, o PSD tem de optar por um. Temos uma maior aproximação ao Manfred Weber, eu próprio também tenho, os deputados do PSD também têm, porque ele é o líder do grupo parlamentar do PPE, e há uma série de convergências de opiniões”, observou.

Rui Rio enalteceu as características de diálogo do alemão, considerando que estas são “fundamentais para a Europa”, fundamentalmente nas relações Este/Oeste.

“É um homem que tende a fazer consensos, a fazer pontes. Contudo, não vejam estas minhas declarações como depreciativas para o outro candidato, mas só pode ser um. Nós escolhemos aquele que nos está mais próximo e que apresenta as melhores ideias para levar a bom porto a Europa”, defendeu antes de entrar na sala do congresso, onde esta tarde irá discursar.

Pelas 18:00 locais (16:00 em Lisboa), o presidente do PSD vai dirigir-se aos delegados do PPE, num discurso no qual vai “elencar aqueles que são os principais problemas da União Europeia e indicar o rumo que deveriam tomar”.

Durante quatro minutos, Rio irá discorrer sobre quatro temas: segurança, reforma da União Económica e Monetária, migrações e o “declínio dos partidos tradicionais e a emergência de partidos extremistas e de perfil mais populista e nacionalista”.

A maior família política europeia, na qual estão integrados PSD e CDS-PP, vai escolher na quinta-feira o seu "cabeça de cartaz" às eleições europeias de maio do próximo ano, entre o atual líder do PPE no Parlamento Europeu (PE), e o antigo primeiro-ministro finlandês Alexander Stubb, que aspiram a suceder a Jean-Claude Juncker na presidência da Comissão Europeia.

O processo de designação pelo PE do presidente do executivo comunitário entre os cabeças de lista indicados pelas famílias políticas europeias (os chamados “Spitzenkandidaten”, termo alemão que se pode traduzir por “candidatos principais”), segundo os resultados eleitorais, foi inaugurado por ocasião das anteriores eleições europeias, em 2014.

Antes, o presidente da Comissão era escolhido pelo Conselho Europeu - chefes de Estado e de Governo da União Europeia -, e posteriormente ratificado pelo PE, tendo Durão Barroso sido o último presidente do executivo comunitário (2004-2014) a ser indicado sem recurso ao método do "Spitzenkandidaten".

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