Segundo o secretário-geral do PS, António Costa, a Comissão Nacional do seu partido aprovou esta moção de orientação política para as eleições presidenciais com "apenas duas abstenções e cinco votos contra".

"O PS faz uma avaliação positiva do atual mandato de Marcelo Rebelo de Sousa. Valoriza o entendimento que tem praticado da função presidencial, a proximidade com os portugueses, a solidariedade institucional com os demais órgãos de soberania, a ação na Europa e no mundo em prol dos interesses de Portugal", lê-se na moção que partiu do Secretariado Nacional do PS.

No documento, o PS destaca também a "correta cooperação institucional entre o Presidente da República e o Governo", considerando que "foi um importante contributo para que Portugal superasse a crise e retomasse o caminho do crescimento e da convergência com a União Europeia e reforçasse a sua credibilidade internacional".

"É da lógica do nosso sistema de Governo que Presidente da República, Assembleia da República e Governo não tenham de estar alinhados senão na interpretação e defesa da Constituição e do interesse nacional. A diversidade e até a tensão democrática que ocorram entre órgãos detidos por personalidades de distinta proveniência doutrinária e política são normais numa democracia madura e consolidada, como a portuguesa, e podem contribuir para que todos se sintam integrados e representados na casa comum que é Portugal", salienta-se ainda no texto da moção que saiu da Comissão Nacional do PS.

Numa clara exclusão do líder do Chega, André Ventura, o PS entende que "são de saudar as candidaturas presidenciais já apresentadas que defendem a Constituição e querem consolidar e reforçar o regime democrático".

Destas candidaturas, a Comissão Nacional do PS considera que deve ser destacada, "naturalmente, a candidatura de Ana Gomes, distinta militante socialista".

"As candidaturas presidenciais do campo democrático, na sua diversidade, proporcionarão seguramente um debate político plural, que contribuirá para afirmar a vitalidade e maturidade da democracia portuguesa, e a derrota clara da candidatura da extrema direita xenófoba", acrescenta-se.