“Como membros do Mercosul, reiteramos o nosso apelo para a paz, a liberdade dos presos políticos e a rápida adoção de um calendário eleitoral na Venezuela, e reiteramos a nossa vontade de estabelecer em acordo com o Governo e a oposição um grupo de contato para mediar um diálogo entre as partes em conflito”, afirmou Macri.
De acordo com o Presidente argentino, “no domingo os venezuelanos demonstraram ao mundo que estão comprometidos com a democracia”, em referência ao referendo organizado pela oposição em que 7,4 milhões de venezuelanos rejeitaram a Assembleia Constituinte proposta por Maduro para modificar a Constituição.
Macri demonstrou no discurso a sua “solidariedade” e o seu “acompanhamento” ao povo venezuelano.
O Presidente argentino inaugurou a cimeira dos chefes de Estado do bloco sul-americano, que conta com a presença dos Presidentes dos outros países membros (Brasil, Uruguai, Paraguai), da Bolívia (em processo de adesão), além de altas autoridades de outros países como o Chile, Peru, Equador, Colômbia, Guiana, Suriname e México.
A Venezuela é membro do Mercosul, mas está suspensa da organização desde dezembro.
No discurso, Macri ainda disse que o Mercosul deve comprometer-se em ser “protagonista do futuro” e “um ator central” na hora de abordar “desafios” internacionais e de “distribuir os benefícios da globalização”.
“O nosso compromisso com a democracia e os direitos humanos e ser uma zona de paz são marcas que se devem aprofundar e fortalecer”, disse o Presidente argentino, acrescentando que “sem consciência internacional”, o bloco terá uma mera “posição funcional”.
Um dos objetivos da cimeira do Mercosul é promover uma aproximação de procedimentos com a Aliança do Pacífico, integrada por México, Chile, Colômbia e Peru, de modo a alcançar maior integração comercial. A cimeira coincide também com negociações em curso com a União Europeia (UE) para um acordo que inclui um tratado de livre comércio, após anos sem avanço nas negociações.
Durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo do Mercosul, o Brasil irá assumir a presidência semestral do bloco, substituindo a Argentina.
O Mercosul equivale atualmente à quinta maior economia mundial, com um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,7 biliões de dólares (2,3 biliões de euros).
Nos últimos dois anos, o Mercosul recebeu 47% (2015) e 46% (2016) dos investimentos estrangeiros diretos na América Latina e Caribe e 65% (2015 e 2016) da América do Sul.
A sua população total é de 291 milhões de habitantes.
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