Xi falou com Trump por telefone sobre a situação na Coreia do Norte, num momento em que Washington tem endurecido o tom para com o regime de Kim Jong-un.
Segundo a agência oficial Xinhua, os líderes concordaram em manter os contactos através de diferentes canais, visando abordar questões que preocupem as duas potências.
Os Estados Unidos anunciaram o envio de um contingente de navios militares, liderado pelo porta-aviões “Carl Vinson”, para águas próximas da península coreana.
Pyongyang considerou a decisão norte-americana uma provocação bélica e advertiu para o início de uma “guerra termonuclear”, caso Washington continue com aquelas manobras.
Trump acusou repetidamente Pequim de não agir, face à insistência da Coreia do Norte em testar mísseis de médio e longo alcance e em desenvolver um programa nuclear.
O líder norte-americano disse já que os EUA estão prestes a agir, caso a China não consiga controlar o país.
A China continua a ser o principal aliado internacional e maior parceiro comercial de Pyongyang, mas as relações entre os dois aliados ideológicos, que combateram juntos na Guerra da Coreia (1950-53), também já não são o que eram.
Um recente artigo difundido pela agência oficial norte-coreana KCNA acusa Pequim de ceder às pressões de Washington, advertindo que a postura chinesa poderá ter “consequências catastróficas”.
Em fevereiro passado, o ministério chinês do Comércio anunciou a suspensão total das importações de carvão oriundas da Coreia do Norte, contribuindo ainda mais para o afixamento do país.
A frota norte-americana encontra-se atualmente próximo das Filipinas, onde realiza exercícios militares conjuntos com o Japão.
Segundo a televisão estatal japonesa NHK, os navios de ambos os países deverão dirigir-se no final desta semana para o norte e aproximar-se da península coreana.
O ministério da Defesa da Coreia do Sul anunciou hoje que está a preparar manobras conjuntas com as forças navais norte-americanas.
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