No âmbito da delegação e subdelegação de competências, o social-democrata Carlos Moedas decidiu atribuiu ao vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, que é vereador do CDS-PP, os pelouros de Finanças e Recursos Humanos, Gestão Patrimonial, Departamento Jurídico, ligação à Assembleia Municipal de Lisboa e coordenação geral.

Tal como anunciado durante a campanha eleitoral, a urbanista Joana Castro e Almeida, que é vereadora independente eleita pela coligação “Novos Tempos”, fica com o pelouro de Urbanismo, a que soma ainda os de Transparência e Combate à Corrupção, de acordo com o despacho do presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Depois de suspender o mandato de deputada do PSD na Assembleia da República para ser vereadora a tempo inteiro na Câmara Municipal de Lisboa, a social-democrata Filipa Roseta foi escolhida por Carlos Moedas para assumir os pelouros de Habitação e Obras Municipais.

Segundo o despacho de delegação e subdelegação de competências, assinado na quarta-feira por Carlos Moedas e hoje publicado no Boletim Municipal, o vereador do CDS-PP Diogo Moura recebe os pelouros de Cultura, Economia e Inovação, Educação, Orçamento Participativo e Relação com as Juntas de Freguesia, o vereador do PSD Ângelo Pereira fica com Mobilidade, Transportes, Estrutura Verde, Desporto, Segurança e Socorro, Sistemas de Informação e Higiene Urbana e a vereadora independente Laurinda Alves, também eleita pela coligação “Novos Tempos”, assume a responsabilidade em Direitos Humanos e Sociais, Cidadania, Juventude, Jornadas Mundiais da Juventude e Saúde.

Antes de ser publicado o despacho de distribuição de pelouros, o executivo municipal de Lisboa aprovou a delegação de competências no seu presidente, Carlos Moedas, e a proposta sobre os vereadores em regime de tempo inteiro, fixando que são sete, exatamente o mesmo número que os eleitos pela coligação “Novos Tempos”.

No seu discurso de tomada de posse como presidente da Câmara de Lisboa, em 18 de outubro, Carlos Moedas manifestou a sua intenção de “assumir pessoalmente o pelouro da Transição Energética e Alterações Climáticas”.

Carlos Moedas foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa pela coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que conseguiu 34,25% dos votos, retirando a autarquia ao PS, que liderou o executivo autárquico da capital nos últimos 14 anos.

Segundo os resultados oficiais ainda provisórios, a coligação “Novos Tempos” conseguiu sete vereadores, com 34,25% dos votos (83.121 votos); a coligação “Mais Lisboa” (PS/Livre) obteve também sete vereadores, com 33,3% (80.822 votos); a CDU (PCP/PEV) dois, com 10,52% (25.528 votos); e o BE conseguiu um mandato, com 6,21% (15.063).

No anterior mandato, presidido pelo socialista Fernando Medina, o executivo foi composto por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é muita gente), um do BE (com um acordo de governação com o PS), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.

Nos últimos 31 anos o PS governou a Câmara de Lisboa 26 anos e os sociais-democratas assumiram a presidência do município durante outros cinco.