O responsável da CIP, que falava à margem do 6.ª encontro anual do Conselho da Diáspora, que decorreu hoje no Palácio da Cidadela, em Cascais, disse que sendo movimentos inorgânicos, que estão nas redes sociais, deve-se ter atenção “a eles e responder tão eficazmente, quanto possível", até por "serem premiáveis à introdução de fenómenos de banditismo e extremismos".
"Pelas suas tradições [em Portugal], não creio que estes movimentos tenham grande expressão, mas convém estar atento, porque através das redes sociais temos hoje este veículo para provocar estas dinâmicas de algum descontentamento mal aproveitado", alertou.
O empresário defendeu ainda que a sociedade vai ter de incorporar este novo desafio, para encontrar as respostas certas.
António Saraiva disse, contudo, não concordar com estas formas de reivindicação.
"As sociedades resolvem os seus problemas é em diálogo, por isso a virtualidade da concertação social", lembrou António Saraiva, que é representante de um dos parceiros sociais na concertação social.
Os protestos dos “coletes amarelos” em Portugal, que decorreram hoje, foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.
Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.
A lista das manifestações dos “coletes amarelos” na área de atuação da PSP somava 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país.
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