Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, refere-se que estas condecorações foram entregues no antigo picadeiro real junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, “no seguimento da cerimónia de dezembro passado”, na qual foram galardoados outros 23 militares de Abril.

Entre os 21 militares de Abril que o Presidente da República condecorou na quinta-feira estão o tenente-general João Maria de Vasconcelos Piroto, os majores-generais José Domingos Canatário Serafim e José Manuel Freire Nogueira e o capitão-de-mar-e-guerra José Ferreira Brito.

Foram também condecorados os coronéis António Augusto Cuco Rosa, Carlos Alberto Évora de Maia Loureiro, Filipe Ferreira Lopes, Isaías de Figueiredo Ribeiro, Jaime Manuel Rodrigues Neves, João Henrique Domingues Gil, Joaquim Canteiro Capão, José Cândido Custódio Pereira, José Domingos Moura Carneiro e o superintendente Fernando Manuel Garcia Freixo.

A título póstumo, foram condecorados os coronéis Aníbal Jorge Martins Matos da Silveira, António Lourenço Guedes, António Manuel Vilares Cepeda, Carlos Joaquim Gaspar, Joaquim Dias Marcelino Marques, o tenente-coronel José Emílio Gomes de Almeida e o alferes miliciano José Aurélio da Silva Barros Moura.

Em 14 de dezembro, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou a intenção de até 2024 condecorar todos os militares que tiveram um papel no 25 de Abril de 1974, de acordo com um levantamento da Associação 25 de Abril.

“Eu sei como isso é polémico, sobretudo porque há polémica sobre aqueles que estiveram no 25 de Abril e antes tinham tido um passado e depois tiveram um futuro, e não tanto o passado mas o futuro depois suscita controvérsias, mas historicamente estiveram no 25 de Abril, isso é indesmentível e é indiscutível”, argumentou.

Segundo o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, “não faz sentido” e “é muito injusto” ter havido até agora “condecorações pontuais” de militares de Abril, em que “uns eram condecorados porque sim e outros não eram condecorados porque não”.

Em 23 de março de 2022, na cerimónia de abertura das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, no Pátio da Galé, em Lisboa, o Presidente da República atribuiu 30 condecorações a militares de Abril.

Em 23 de novembro condecorou mais 23 militares de Abril, sempre com o grau de grande-oficial da Ordem da Liberdade.

Quando discursou perante a Assembleia da República no 25 de Abril de 2022, Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu os capitães de Abril e defendeu que o seu “gesto refundador” deve ser agradecido “pense-se o que se pensar sobre o que foram antes e depois desse gesto”.

“Pense-se o que se pensar sobre o que foram antes e depois desse gesto, ele foi único, singular e decisivo. Sem ele não haveria hoje uma Assembleia da República livre com vozes livres. Não há como esquecê-lo na escrita ou na reescrita da História”, disse.

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