Numa nota publicada no ‘site’ da Presidência, é referido que Marcelo Rebelo de Sousa condena os “ataques racistas” que ocorreram no Porto.
“Ao tomar conhecimento dos ataques racistas perpetrados durante a última noite no Porto, o Presidente da República sublinha a veemente condenação da violência racial e da xenofobia, práticas sem lugar na sociedade portuguesa”, refere a nota.
O chefe de Estado exprimiu solidariedade às vítimas dos ataques e agradeceu “às forças de segurança a rápida intervenção”.
O Presidente da República transmitiu ainda um “voto de confiança na defesa do Estado de Direito e dos Direitos Humanos, certo que [as forças de segurança] se manterão atentas ao seu respeito”.
Seis homens foram identificados e um foi detido, pela posse de arma ilegal, na sequência de agressões a imigrantes, no Porto, segundo o porta-voz da PSP, Sérgio Soares, que atualizou a informação dizendo que o juiz determinou a prisão preventiva do detido.
Na madrugada de sexta-feira no Porto, a PSP foi alertada cerca da 01:00 para uma agressão no Campo 24 de agosto, a dois imigrantes, por um grupo de quatro ou cinco homens que fugiu antes da chegada dos agentes da Polícia, referiu o porta-voz, indicando que os dois agredidos foram assistidos no Hospital São João.
Cerca de 10 minutos mais tarde, na Rua do Bonfim, 10 imigrantes foram atacados, na habitação onde estavam, por um grupo de 10 homens, munidos com paus e, a PSP ainda não conseguiu confirmar, por uma arma de fogo, referiu a mesma fonte.
Ainda segundo o responsável da PSP, cerca das 03:00, na Rua Fernandes Tomás, outro imigrante foi também agredido, por outros suspeitos, sendo que um deles usava uma arma de fogo.
Nesta altura, com o contingente de polícias reforçado foi possível intercetar um dos suspeitos de agressão na Rua Santo Ildefonso, na posse de um bastão extensível, relatou.
Cerca das 05:00, foi intercetada a viatura usada no ataque da 01:00, com cinco suspeitos no interior e que foram todos identificados, acrescentou.
Dada a suspeita de existência de crime de ódio, o assunto transitou para a Polícia Judiciária, concluiu.
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