“Felicito o cineasta Pedro Costa pelo Leopardo de Ouro que o Festival de Locarno atribuiu a ‘Vitalina Varela'”, afirma Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem publicada na página oficial da Presidência da República.

“Fiel às pequenas e grandes sagas das gentes de Cabo Verde, que em filmes anteriores fomos seguindo na companhia de Ventura, Pedro Costa mantém igualmente uma atenção inabalável às pessoas que filma. O que torna especialmente justo que Locarno tenha distinguido a atriz Vitalina Varela com o prémio de melhor interpretação feminina”, acrescenta o Presidente.

Marcelo Rebelo de Sousa considera ainda que, “se o reconhecimento internacional de um cineasta português é sempre motivo de regozijo, é-o ainda mais quando demonstra que o cinema pode ser empatia intransigente e rigor fulgurante”.

Segundo nota a ministra da Cultura, Vitalina Varela venceu também o prémio de melhor atriz na 19.ª edição dos Boccalini D’Oro, atribuídos pela crítica independente.

“A distinção conhecida hoje em Locarno sublinha a importância internacional do cinema de Pedro Costa”, começa por afirmar Graça Fonseca.

“A atenção ao rigor dos detalhes, a comunhão das diferentes linguagens técnicas, como a fotografia e o som, e a entrega dos intérpretes a uma narrativa que questiona a perceção e a realidade, fazem do cinema de Pedro Costa um exemplo a destacar na história do cinema contemporâneo”, continua Graça Fonseca.

A governante refere que o Festival de Cinema de Locarno “tem sido um lugar cúmplice para o cinema português”, dando como exemplos distinções como a de 1987 (Leopardo de Ouro para “O Bobo”, de José Álvaro de Morais) e de 2013, com o prémio especial do júri para “E agora, lembra-me?”, de Joaquim Pinto.

Graça Fonseca destaca ainda uma seleção do festival de Locarno deste ano que inclui as estreias mundiais em competição de “Technoboss”, de João Nicolau, produção “O Som e a Fúria” e “O Fim do Mundo”, de Basil da Cunha, produção suíça integralmente rodada com intérpretes e equipa nacionais, que contou com a colaboração da produtora portuguesa Terratreme.

A ministra refere ainda “ Prazer, Camaradas!”, de José Filipe Costa, apresentado fora de competição, e as curtas-metragens “L’Île Aux Oiseaux”, de Maya Kosa e Sérgio da Costa, e “Vulcão: o que sonha um lago?”, de Diana Vidrescu, que envolveram apoios e equipas nacionais.

O filme “Vitalina Varela”, do realizador português Pedro Costa, conquistou hoje o Leopardo de Ouro, prémio máximo do Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, anunciou a organização.

De acordo com o site do festival, a atriz protagonista do filme, Vitalina Varela, foi também distinguida com o Leopardo de Melhor Interpretação Feminina.

Depois de ter sido distinguido em Locarno, em 2014, com o prémio de melhor realização por “Cavalo Dinheiro”, Pedro Costa regressou este ano ao festival estreando o filme sobre uma mulher cabo-verdiana que chega a Portugal três dias após a morte do marido, depois de ter estado 25 anos à espera de um bilhete de avião.

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