“O Presidente, Isaac Herzog, convidou as equipas de trabalho que representam a coligação, o movimento Yesh Atid e o partido Unidade Nacional para uma primeira reunião de diálogo”, informou hoje a presidência, num comunicado.

A reunião acontecerá hoje ao final da tarde, na residência do Presidente, em Jerusalém.

“No final da semana, o Presidente deverá reunir-se com representantes dos outros partidos”, acrescentou o comunicado.

O movimento Yesh Atid, liderado pelo ex-primeiro-ministro Yair Lapid, e o partido Unidade Nacional, liderado pelo ex-ministro da Defesa Beny Gantz, são os dois principais partidos da oposição, que ainda inclui dois partidos árabes, um de centro-esquerda e outro de direita.

O Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, anunciou hoje os representantes da sua equipa de negociação, incluindo o atual ministro de Assuntos Estratégicos e ex-embaixador nos Estados Unidos, Ron Dermer, e Aviad Bakshi, um dos arquitetos da reforma judicial.

O pedido de negociações de Herzog acontece menos de 24 horas depois de Netanyahu ter anunciado a suspensão temporária da controversa reforma legislativa, que os opositores consideram que coloca em risco o regime democrático, ao transferir poderes dos tribunais para o Governo.

Na segunda-feira à noite, o Presidente israelita falou com o primeiro-ministro, bem como com Lapid e Gantz, para lhes manifestar a sua vontade de iniciar “um processo de diálogo imediato”.

Esta não é a primeira tentativa de mediação de Herzog, que por diversas vezes tentou, sem sucesso, acalmar os ânimos e fazer uma ponte entre o Governo e a oposição, sobre a reforma judicial.

Paralelamente ao início das negociações, os organizadores dos protestos, que já duram há 12 semanas, convocaram novas manifestações para hoje e dizem não confiar nas promessas de Netanyahu para conseguir uma reforma consensual.

Após o anúncio do primeiro-ministro, na segunda-feira, a tramitação do processo de reforma legislativa ficou adiada pelo menos até maio, quando o Parlamento retoma as sessões após um intervalo em abril para a Páscoa judaica.

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