“Não temos planos de ocupar o território da Arménia, embora sejamos periodicamente acusados disso. Se quiséssemos fazê-lo, já o teríamos feito”, assegurou Aliyev, explicando que uma das razões pelas quais o tratado de paz entre o Azerbaijão e a Arménia está atrasado se deve ao facto de Erevan insistir em incluir a questão da minoria arménia no Azerbaijão, mas recusar-se a falar sobre os direitos dos azerbaijanos expulsos da Arménia.

Ilham Aliyev garantiu que o seu país não quer uma guerra com o país vizinho e acrescentou que apenas precisa de garantias firmes de que não haverá tentativas de vingança por parte da Arménia.

O Presidente do Azerbaijão destacou as “boas relações” com a União Europeia, apesar de “entre os líderes europeus existirem populistas como Josep Borrell (o chefe da diplomacia comunitária) e (a presidente do Parlamento Europeu) Roberta Metsola”.

Aliyev acusou Borrell de “não dizer a verdade”, quando refere que 150 mil arménios deixaram Nagorno-Karabakh, quando na própria Arménia se fala em apenas 100 mil pessoas.

O líder azeri também pediu aos Estados Unidos para garantirem a manutenção das boas relações bilaterais, se Washington quiser continuar a desempenhar um papel de mediação entre o Azerbaijão e a Arménia.

As duas nações vizinhas do Cáucaso estão envolvidas há décadas num conflito territorial sobre a região azeri de Nagorno-Karabakh, que Baku reconquistou em setembro, após uma ofensiva relâmpago contra os separatistas arménios.

Embora os líderes dos dois países tenham declarado que um acordo de paz abrangente poderia ser assinado até ao final do ano, as conversações estão a registar poucos progressos, apesar de mediações separadas por parte da União Europeia, dos Estados Unidos ou da Rússia.

Aliyev acusa os Estados Unidos de estarem a romper os laços estratégicos.

“Se os Estados Unidos dizem que a nossa relação não será mais a mesma, significa que Washington se retira da mediação do processo de paz entre o Azerbaijão e a Arménia”, concluiu Aliyev.