“Devo decidir esta semana. Tenho de ter um partido. Vão-me criticar: Ah, esse partido... Todos partidos têm problemas. Eu não consegui fazer o meu. A burocracia cresceu muito e foi impossível ter um partido”, afirmou Bolsonaro, dirigindo-se a apoiantes em Brasília.
“Está quase certo, quase certo com o PL, há mais uma conversa para acertar um estado ou outro. Para partirmos para as eleições. Vamos priorizar, da minha parte, o Senado. Não queiram tudo, porque o partido não é meu. Há uma outra pessoa que fez o acordo comigo e nós temos de alinhar os nossos objetivos”, acrescentou.
Eleito Presidente em 2018 pelo Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro deixou a força partidária no final de 2019 quando anunciou que pretendia formar um partido próprio nomeado como Aliança pelo Brasil.
O Presidente brasileiro, porém, não conseguiu organizar o novo partido a tempo de disputar as eleições e tem negociado integrar um partido já constituído para disputar a reeleição.
Ao longo de sua trajetória, Bolsonaro já foi filiado em oito partidos políticos.
O Presidente brasileiro começou a sua carreira política em 1988 no Partido Democrata Cristão (PDC). Em 1993, este partido uniu-se ao Partido Democrático Social (PDS), criado por antigos filiados da Arena que sustentou a ditadura militar no Brasil (1964-985), numa aliança que deu origem ao Partido Progressista Reformador (PPR).
O chefe de Estado ficou no PPR até 1995, quando este partido se uniu a outro e deu origem ao Partido Progressista Brasileiro (PPB).
Em 2013, Bolsonaro mudou para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Oito anos depois, o atual Presidente filiou-se no antigo Partido da Frente Liberal (PFL), que deu origem ao Democratas (DEM), mas ficou menos de quatro meses e voltou para o Partido Progressista (PP), nova denominação do PPB.
Em 2016, Jair Bolsonaro ingressou no Partido Social Cristão (PSC) e, por fim, em 2018 filiou-se no PSL.
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