José Manuel Bolieiro falava no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, após receber em audiência o chefe do Estado-Maior do Exército, Eduardo Ferrão, expressando o reconhecimento e a gratidão da população açoriana pelo “espírito de missão com que o Exército Português tem assumido a sua presença nos Açores”.

“Há tantos casos ao longo da história”, sublinhou o presidente do Governo Regional, que elogiou a prontidão e a projeção de meios das Forças Armadas Portuguesas, em particular o Exército, na crise sismovulcânica na ilha de São Jorge, com início em 19 de março de 2022.

Segundo Bolieiro, a qualidade de missão permitiu, numa situação emocionalmente muito sensível, dar uma sensação de tranquilidade às populações.

“Era natural que perante avisos e alertas de pré-erupção pudéssemos ter uma população intranquila e em êxodo. E a verdade é que, através da pronta projeção dos meios e a interação com as populações e com as instituições locais, regionais e nacionais, conseguimos transmitir à população um sentimento de tranquilidade”, acrescentou.

O chefe do governo açoriano referiu ainda o protocolo celebrado entre o Governo Regional e o Exército para a instalação no Corvo, a mais pequena ilha dos Açores, de um hospital de campanha enquanto decorrem as obras no centro de saúde.

“A vossa projeção de meios foi essencial e em tempo recorde. O meu reconhecimento renovado e a minha gratidão”, sublinhou.

José Manuel Bolieiro defendeu, por outro lado, a organização de um roteiro de património militar edificado, salientando que existem “várias oportunidades de cooperação”.

O presidente do executivo esteve na cerimónia comemorativa do Dia da Zona Militar dos Açores, realizada no Forte de São Brás, em Ponta Delgada, onde foi condecorado com a medalha D. Afonso Henriques — Mérito do Exército, 1.ª classe.