“Decidi dar capacidades adicionais de combate, 220 soldados reforçarão as tropas de Barkhane”, que já contam com 4.500 homens, disse o Presidente francês, após a cimeira com os chefes de Estado dos países do G5 Sahel, em Pau (sudoeste da França).

Emmanuel Mácron, na sua intervenção, denunciou as “potências estrangeiras” que alimentam o discurso antifrancês no Sahel e disse que, na luta anti-‘jihadista’ “espera” ser capaz de convencer o Presidente norte-americano, Donal Trump, a manter as forças americanas em África.

Os Estados Unidos da América (EUA) admitiram, precisamente hoje, reduzir a sua presença militar em África, o que pode colocar em risco os esforços feitos pelos europeus para ajudar a região na luta contra os grupos ‘jihadistas’.

“[Os recursos do Pentágono dedicados à África ou ao Médio Oriente] podem ser reduzidos e depois redirecionados, para melhorar a preparação de nossas forças nos Estados Unidos ou no Pacífico”, afirmou o chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos EUA, general Mark Milley, à chegada a Bruxelas, na madrugada de hoje, para uma reunião do Comité Militar da NATO, que se realiza entre terça e quarta-feira.

Hoje, o Presidente francês, Emmanuel Macron, reuniu-se com os chefes de Estado dos cinco países do Sahel – Chade, Níger, Burkina Faso, Mali e Mauritânia – para fortalecer a legitimidade, contestada, dos soldados franceses posicionados na região e tentar mobilizar os aliados europeus.

Os Estados Unidos querem reduzir o número de soldados destacados em toda a África nos próximos anos e concentrar-se mais em responder às ameaças colocadas por russos e especialmente chineses.

O exército norte-americano desloca por rotação em África cerca de 7.000 soldados das forças especiais que estão a realizar operações conjuntas com os exércitos nacionais contra os grupos extremistas e ‘jihadistas’, principalmente na Somália.

Além disso, 2.000 soldados do exército realizam missões de treino em cerca de 40 países africanos e participam nas operações de cooperação, em particular com as forças francesas da Operação Barkhane, no Mali, às quais prestam principalmente assistência logística.