“Não há dúvida de que a grande nação do Irão e as outras nações livres da região exercerão a sua vingança sobre os criminosos Estados Unidos”, prometeu Hassan Rohani, em comunicado hoje divulgado.
O “mártir” general Soleimani "deixou enlutado o coração da nação iraniana e de todas as nações da região”, acrescentou Rohani.
A sua morte “duplicou a determinação da nação iraniana e de outras nações livres da região de enfrentar a intimidação da América e de defender os valores islâmicos”, referiu o Presidente iraniano.
Também os Guardas da Revolução, o exército ideológico da República islâmica do Irão, pediram vingança pela morte de Soleimani.
Um porta-voz deste exército avançou que os Guardas e a “Resistência” vão “iniciar um novo capítulo a partir de hoje”.
“A breve alegria dos norte-americanos e dos sionistas transformar-se-á em luto”, assegurou o porta-voz, Ramezan Sharif, em declarações feitas na televisão estatal.
Esta morte “fortaleceu a nossa determinação de nos vingarmos dos assassinos Estados Unidos e dos opressores sionistas e isso vai acontecer”, acrescentou, antes de começar a chorar.
“Soleimani juntou-se aos nossos irmãos mártires, mas a nossa vingança contra a América será terrível”, afirmou ainda o ex-chefe da Guarda Revolucionária Mohsen Rezai, numa mensagem publicada no Twitter.
A morte do poderoso general iraniano Qassem Soleimani, emissário da República islâmica no Iraque, causada hoje por um ataque norte-americano em Bagdads, já tinha suscitado outras reações do Irão, que apelam sobretudo a atos de vingança.
O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional.
“O martírio é a recompensa pelo trabalho incansável durante todos estes anos. Se Deus quiser, o seu trabalho e o seu caminho não vão acabar aqui. Uma vingança implacável aguarda os criminosos que encheram as mãos com o seu sangue e o sangue de outros mártires", afirmou.
O líder supremo declarou três dias de luto pela morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, que descreveu como “símbolo internacional de resistência”, de acordo com uma declaração lida na televisão estatal.
Por seu lado, o chefe da diplomacia do Irão considerou que a morte do general iraniano ordenada pelo Presidente Donald Trump é “um ato de terrorismo internacional”.
A ação é “extremamente perigosa e constitui uma escalada imprudente” das tensões, afirmou Mohammad Javad Zarif, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
A Guarda Revolucionária confirmou a morte do general Qassem Soleimani, na sequência de um ataque aéreo, esta manhã, contra o aeroporto de Bagdad, que também visou o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi].
Quase em simultâneo, o Pentágono anunciou que foi Donald Trump a ordenar a morte do general: "Por ordem do Presidente, as forças armadas dos EUA tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal norte-americano no estrangeiro, matando Qassem Soleimani".
Em comunicado, o Pentágono apontou que Soleimani estava "ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviços norte-americanos no Iraque e em toda a região".
Washington também acusou Soleimani de aprovar o assalto inédito à embaixada dos Estados Unidos em Bagdad no início desta semana.
O ataque ao general iraniano "tinha como objetivo dissuadir futuros planos de ataque iranianos", precisou.
Numa aparente reação, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma imagem da bandeira norte-americana na rede social Twitter, sem qualquer comentário.
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