Durante a cerimónia, transmitida em direto pela televisão estatal, Raisi ameaçou Israel, país suspeito de realizar uma série de ataques contra o Irão desde o colapso do acordo nuclear iraniano com as potências mundiais.

“Os inimigos, particularmente o regime sionista, receberam a mensagem que refere que qualquer pequena ação contra o nosso país provocará uma resposta dura das forças armadas, acompanhada da destruição de Haifa e Telavive”, afirmou Raisi.

O Presidente iraniano também reiterou o pedido para que os Estados Unidos deixem o Médio Oriente.

A política externa norte-americana desde o Governo [do Presidente dos Estados Unidos, Jimmy] Carter passou a considerar a região do Golfo Pérsico como crucial para garantir o abastecimento global de energia.

Um quinto da oferta mundial de petróleo passa pelo Estreito de Ormuz, a estreita foz do Golfo Pérsico.

Embora não tivesse mencionado especificamente a Arábia Saudita, Raisi fez uma oferta de paz aos sauditas durante o seu discurso.

“A mão das nossas Forças Armadas aperta calorosamente a mão das nações da região que pretendam proporcionar segurança para a região”, disse o Presidente.

Em março, o Irão e a Arábia Saudita concordaram em restabelecer relações diplomáticas e reabrir embaixadas após sete anos de tensões, um acordo diplomático mediado pela China.

Desde então, a Arábia Saudita também se envolveu numa troca de prisioneiros com os rebeldes Huthis – grupo rebelde apoiado pelo Irão — do Iémen, com a esperança de que tal acordo pudesse encerrar a guerra que assola aquele país desde 2015.