"A Renamo deve dizer quantos e quais os guerrilheiros existem e indicar as bases onde devem juntar-se com as respetivas armas", defendeu Filipe Nyusi, falando na qualidade de presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, cujo Comité Central (CC) está reunido a partido de hoje.
O chefe de Estado moçambicano insistiu na obrigação da Renamo ser desarmada antes da realização das próximas eleições gerais, agendadas para 15 de outubro.
"Os moçambicanos têm o direito de irem para as eleições num ambiente de paz, para votarem nos candidatos da sua preferência, de forma livre e sem o espetro do regresso à guerra", declarou.
O diálogo para a paz, prosseguiu Filipe Nyusi, tem sido lento, mas a Frelimo está empenhada numa solução pacífica para as divergências prevalecentes nas negociações com a Renamo.
O presidente da Frelimo frisou que o processo de desarmamento do braço armado do principal partido da oposição deve conhecer a mesma celeridade e compromisso que se verificou no capítulo da legislação sobre descentralização e que resultou das negociações com o principal partido da oposição.
As negociações entre o Governo e a Renamo estão encalhadas na questão do desarmamento, desmobilização e reintegração dos homens armados da Renamo.
O principal partido da oposição exige a presença dos seus quadros no Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) e nas academias militares, o que não têm tido resposta por parte do executivo.
O Governo moçambicano aceitou até ao momento a integração de oficiais da Renamo em postos de comando das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
O CC vai debater, até domingo, os relatórios dos órgãos diretivos do partido, a situação política e económica do país, bem como o grau de preparação das eleições gerais de 15 de outubro.
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