O grupo de 25 crianças deixou hoje a Grécia ao abrigo do programa europeu de relocalização de 1.600 crianças a viver no país, adiantou a AFP.

“A relocalização é um novo esforço no quadro do nosso programa de apoio aos menores não acompanhados (…) no âmbito do qual Portugal vai acolher um total de 500″, sublinhou o ministro adjunto da proteção do cidadão, encarregue da política migratória na Grécia, Georges Koumoutsakos, que acompanhou os menores ao aeroporto internacional de Atenas.

Na quarta-feira um novo grupo de 25 menores não acompanhados deixa a Grécia em direção à Finlândia, disse o ministro.

Aprovado em 2019, o programa europeu começou em abril a relocalização destes menores, com um primeiro grupo de 12 crianças a ser acolhido pelo Luxemburgo, seguido de um segundo grupo de 50 crianças acolhido pela Alemanha.

Batizado “Nenhuma Criança Só” (“No Child Alone”, em inglês), inscreve-se no quadro de um programa de proteção de menores não acompanhados vítimas de exploração e de criminalidade.

O programa pretende responder aos problemas de cerca de 5.200 crianças não acompanhadas na Grécia, com a grande maioria a viver em condições de insalubridade ou em habitações sem condições para crianças.

Vários países europeus aceitaram participar no programa voluntário de relocalização, entre os quais a Alemanha, a Bélgica, a Bulgária, a Croácia, a Finlândia, a França, a Irlanda, a Lituânia, a Sérvia, a Suíça ou Portugal.

A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, adiantou na semana passada no parlamento que o primeiro grupo de crianças refugiadas vindas da Grécia chegaria hoje a Portugal, sendo acolhidas em instalações da Cruz Vermelha Portuguesa, já preparadas para o efeito.

Portugal vai acolher até 500 menores não acompanhados provenientes da Grécia.