António Costa assumiu estes objetivos no discurso que fez no final de uma visita que efetuou ao Massachusetts Institute of Technology (MIT), na qual esteve acompanhado pelo ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor.

Em declarações aos jornalistas, antes de a delegação do Governo português abandonar a prestigiada instituição universitária de Boston, Manuel Heitor, resumiu a estratégia do executivo português no domínio científico, particularmente no que respeita à cooperação com instituições internacionais.

No caso do MIT, até 2030, haverá "um investimento público na ordem dos 120 milhões de euros", dos quais 60 milhões de euros aplicados em Portugal.

"Haverá também o investimento das empresas nelas próprias, que se comprometeram a duplicá-lo em investigação e desenvolvimento. Estas linhas de ação contribuem para concretizar o objetivo mencionado pelo primeiro-ministro de criar 25 mil postos de trabalho em Portugal no setor privado", declarou o titular das pastas da Ciência e do Ensino Superior.

Por sua vez, António Costa considerou que a renovação da parceria com o MIT, até 2030, "vai permitir continuar a desenvolver a formação em áreas tão diversas como a energia, as alterações climáticas, construção, novos materiais, bioengenharia ou gestão de transportes".

"Há um universo enorme para descobrir e a cooperação científica é uma das grandes alianças que podemos estabelecer entre Portugal e Estados Unidos. Se estamos hoje a conseguir atrair empresas como a Google ou a Mercedes, é porque o país dispõe de quadros com alta qualificação. E temos de continuar a investir", frisou.

Perante os jornalistas, o ministro da Ciência e do Ensino Superior salientou que a parceria com o MIT é uma das três existentes com universidades norte-americanas nos domínios da ciência e tecnologia e referiu-se "à importância do projeto de Air Center, no Atlântico, através da qual Portugal pretende chegar a mercados globais, sobretudo do hemisfério sul".

"Trabalhar com os melhores do mundo é algo que prestigia Portugal. É um fator importante de criação de emprego, atrai empresas estrangeiras para Portugal e credibiliza as universidades portuguesas de uma forma inédita", sustentou o membro do Governo.

Manuel Heitor defendeu ainda a ideia de que as universidades portuguesas são atualmente "bem mais conhecidas" do que no passado.

"Sabe-se que trabalhamos com as melhores universidades do mundo, sobretudo nos Estados Unidos", acrescentou.