O conservador François Fillon, de 62, ex-Primeiro-ministro de Nicolas Sarkozy, venceu com clara vantagem a segunda volta das primárias da direita francesa para a eleição à Presidência da República em 2017 - de acordo com os primeiros resultados parciais divulgados na noite desde domingo.

Depois de uma surpreendente vitória na primeira volta, Fillon, que promove um projeto económico liberal, aparece com 68,7% dos votos, contra os 31,3% de seu adversário, Alain Juppé, quando já estão apuradas 3.565 das 10.228 seções eleitorais.

O ex-Primeiro-ministro de Sarkozy agradeceu aos eleitores, "que viram em sua abordagem os valores franceses, aos quais eles estão ligados: a esquerda, é o fracasso, a extrema-direita, é a falência".

Alain Juppé já deu os parabéns ao rival pela vitória e anunciou seu apoio à sua candidatura.

"Felicito François Filon pela sua ampla vitória. As eleições primárias ocorreram em boas condições e, como já havia me tinha comprometido a fazer, dou, a partir desta noite, o meu apoio a François Fillon, o meu apoio para a próxima eleição presidencial", disse, desejando-lhe sucesso para as eleições de maio do próximo ano.

Entre 4,2 e 4,6 milhões de pessoas foram às urnas, de acordo com estimativas da imprensa francesa, para eleger o candidato que - acredita-se - poderá enfrentar Marine Le Pen, da ultraconservadora Frente Nacional, numa eventual segunda volta das eleições em maio do ano que vem.

Há uma semana, 4,3 milhões foram às urnas para a primeira volta das primárias do partido. Fillon obteve 44,1% dos votos contra 28,5% de Juppé. O ex-presidente Nicolar Sarkozy ficou com o terceiro lugar.

Vencedor inesperado da primeira volta das primárias da direita francesa, Fillon, 62 anos, apresenta-se com um programa ultra liberal na economia e conservador nas questões da sociedade. Católico assumido é ainda um adepto de uma terapia de choque com acentos “thatcherianos” para “desestatizar” a França.