"A prioridade é resolver o problema entre Ucrânia e Rússia. Os dois países estão a sofrer perdas humanas incríveis. Centenas de milhares de soldados estão a morrer", disse Trump numa entrevista à revista francesa Paris Match publicada esta quarta-feira.

"Há muitas crises no mundo. Nos últimos dias, tivemos uma nova na Síria. Eles terão que resolvê-la sozinhos porque não estamos envolvidos lá, e França também não", acrescentou em Paris, cidade que visitou para assistir à cerimónia de reabertura da Catedral de Notre-Dame.

"O Médio Oriente também é uma grande prioridade, mas acho que é uma situação menos difícil de administrar do que a Ucrânia e a Rússia", acrescentou o próximo presidente dos Estados Unidos, de 78 anos.

Trump, que assumirá o cargo a 20 de janeiro, já afirmou algumas vezes que quando regressar ao poder vai acabar com o conflito na Ucrânia em "24 horas".

As suas declarações geraram muita preocupação na ex-república soviética, que teme ser forçada a fazer grandes concessões territoriais à Rússia em troca da paz.

Trump reuniu-se no sábado em Paris com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e com o seu anfitrião, o presidente francês Emmanuel Macron.

Zelensky afirmou na terça-feira que agradece a Trump pela sua "forte determinação" de acabar com o conflito na Ucrânia.

Na entrevista, Trump defendeu a sua polémica nomeação de Charles Kushner como embaixador na França.

"É algo grandioso porque é parte da nossa família", declarou Trump sobre o futuro embaixador, 70 anos, pai do seu genro Jared Kushner.

O republicano disse que França é um país "amigo e aliado" e destacou que sempre teve uma boa relação com o presidente Macron.