Fonte da empresa precisou à agência Lusa que foram cancelados 64 voos, 11 desviados e 322 afetados por atrasos, na sequência de um problema no sistema de abastecimento de combustíveis dos aviões no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Anteriormente, pelas 19:20, a ANA tinha previsto que os problemas pudessem estar resolvidos até às 21:00.

Em conferência de imprensa, o diretor do aeroporto, João Nunes, tinha explicado que os problemas com o abastecimento começaram hoje pelas 12:00.

Realçando tratar-se de "uma situação que aconteceu pela primeira vez", o responsável explicou que o abastecimento começou a ser feito com recurso a autotanques, o que permitiu a partida de alguns voos, mas sem garantir o normal funcionamento da operação.

"Se não fosse o abastecimento por autotanque estaríamos em muitos maus lençóis neste momento", declarou.

Milhares de pessoas ficaram esta tarde retidas na zona de embarque do Terminal 1 do Aeroporto de Lisboa, à espera de informações sobre o atraso ou eventual cancelamento de voos, com os passageiros a descreverem um “cenário caótico”.

O sistema de abastecimento de combustível ao Aeroporto de Lisboa é da responsabilidade do GOC [Grupo Operacional de Combustíveis, liderado pela Petrogal e que reúne as principais petrolíferas].

Para quem ficou retido em Lisboa, o diretor do Aeroporto Humberto Delgado garantiu que serão asseguradas “condições mínimas de descanso”.

A avaria que bloqueou hoje o abastecimento das aeronaves no Aeroporto de Lisboa afetou, além do sistema de alimentação principal, também o redundante, devido a uma entrada de ar que fez desferrar o circuito, segundo fonte aeroportuária.

O diretor do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, João Nunes, explicou que a avaria deu-se quando, "por um motivo de operação, num dos três tanques de abastecimento de combustível, houve uma situação que aconteceu pela primeira vez, que foi ‘desferrar’", devido ao facto de ter começado a entrar ar.

Por questões de segurança e precaução, existe um circuito redundante de abastecimento, mas, segundo o mesmo responsável, "infelizmente, o que aconteceu não afetou só o sistema de alimentação principal, também no sistema redundante entrou ar", criando dificuldades em resolver o problema e obrigando ao recurso a camiões autotanques.

"Deparámo-nos com uma incapacidade de abastecimento de combustível. O abastecimento de combustível às aeronaves é feito fundamentalmente por hidrantes. São sistemas que levam o combustível até às várias posições de estacionamento dos aviões. Nessas posições de estacionamento há umas viaturas que acabam por fazer ‘o bombeiro’ para cada uma das aeronaves (...) . Nós temos um sistema sofisticado", garantiu.