No texto de 165 páginas, Smith também proporcionou novas provas sobre os esforços do ex-presidente e atual candidato republicano para anular os resultados que deram vitória ao democrata Joe Biden nas urnas.
Embora o julgamento de Trump estivesse previsto para março deste ano, o caso acabou por ficar em suspenso depois dos seus advogados argumentarem que um ex-presidente deveria ter imunidade perante processos penais.
Em julho, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu que um ex-presidente tem ampla imunidade de ser processado por atos oficiais enquanto estiver no cargo, mas pode ser processado por atos não oficiais.
A apresentação, revelada pela juíza do Tribunal de Distrito Tanya Chutkan, diz que Trump não deveria escapar da acusação porque agiu como candidato e não como presidente na sua tentativa criminosa.
O comportamento de Trump incluiria mentir a funcionários públicos, fabricar boletins eleitorais fraudulentos e tentar fazer com que o vice-presidente Mike Pence obstruísse a certificação da vitória de Biden no Congresso.
"Quando tudo isso fracassou", disse o procurador especial, Trump incitou uma "multidão enraivecida" de seguidores a ir para o Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.
Smith disse que há provas abundantes de que Trump sabia que as suas afirmações de fraude eleitoral eram falsas porque assessores próximos já o tinham alertado.
Chutkan não marcou uma data para o julgamento, mas este não vai acontecer antes das eleições de 5 de novembro entre Trump e a vice-presidente Kamala Harris.
Trump é acusado de conspiração para defraudar os Estados Unidos e de conspiração para obstruir um procedimento. Também é acusado de tentar privar os eleitores americanos dos seus direitos ao afirmar falsamente que venceu as eleições de 2020.
Em maio, Trump foi condenado em Nova Iorque por falsificação de registos comerciais com o objetivo de encobrir pagamentos ocultos em troca do silêncio da ex-atriz pornográfica Stormy Daniels. Além disso, enfrenta acusações na Geórgia relacionadas com os esforços para anular as eleições de 2020.
Comentários