Jack Smith eliminou uma secção da acusação que referia as interações de Trump com o Departamento de Justiça, uma área que o Supremo Tribunal, num parecer de 6-3, disse que Trump tinha direito à imunidade de acusação.
O documento, que contém as mesmas quatro acusações do anterior, emitido a 01 de agosto de 2023, “reflete o desejo do Ministério Público de respeitar e aplicar as conclusões e instruções do Supremo Tribunal”, especificou Peter Carr, porta-voz do Departamento da Justiça, em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).
Carr referia-se à decisão sem precedentes da mais alta instância judicial dos Estados Unidos, de 01 de julho, que reconheceu uma ampla imunidade criminal ao Presidente dos Estados Unidos.
No processo criminal atualizado já não consta como co-conspirador Jeffrey Clark, um funcionário do Departamento de Justiça que sustentou as falsas alegações de Trump sobre fraude eleitoral, noticiou a agência Associated Press (AP).
Os co-conspiradores de Trump não foram nomeados em nenhuma das acusações, mas foram identificados através de registos públicos e outros meios.
O gabinete do procurador especial disse que a acusação atualizada, apresentada no tribunal federal de Washington, foi emitida por um grande júri que não tinha ouvido anteriormente as provas do caso.
A acusação manteve as alegações de que Trump tentou pressionar o então vice-presidente Mike Pence a recusar-se a certificar a contagem dos votos eleitorais.
O juiz do Supremo Tribunal dos EUA, John Roberts, escreveu ao tribunal que as interações entre Trump e Pence equivaliam a uma conduta oficial pela qual “Trump é pelo menos presumivelmente imune a acusação”.
A questão, escreveu Roberts, é saber se o governo pode refutar “esta presunção de imunidade”.
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