“A situação de seca que se vive em todo o território nacional, pelo segundo ano consecutivo, especialmente no sul do país, está a deixar os produtores de cereais de outono inverno com enormes preocupações relativas à campanha em curso”, afirma a ANPOC em comunicado.
De acordo com a associação, depois de um inverno com recordes de precipitação, que dificultou a instalação das culturas de outono e inverno, segue-se “uma seca com proporções ainda mais devastadoras que a de 2022”.
“A ANPOC apela assim ao Governo e às entidades competentes que atendam a esta conjuntura meteorológica altamente desfavorável e tomem as devidas providências para que, em tempo útil, se consiga mitigar os efeitos já esperados”, pode ler-se no comunicado.
A falta de chuva “já provocou danos irreparáveis nas culturas instaladas, nomeadamente trigo mole, trigo duro, triticale e cevada, sendo que, em muitas situações, está já em causa todo o potencial produtivo das culturas”, refere a ANPOC.
Segundo afirma, “a grave situação climática, dois anos seguidos, aliada aos elevados custos dos fatores de produção, irá certamente levar ao agravamento da já difícil situação vivida por muitos agricultores”.
A associação realça que existem meios para ajudar os agricultores “que não implicam necessariamente reforços financeiros, nomeadamente através da alteração de algumas regras da Política Agrícola Comum, que inevitavelmente terão de ser implementados para colmatar esta quebra expectável de produtividade”.
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