A iniciativa nasceu num programa do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) nas áreas de Saúde e Educação do Rio de Janeiro, que tenta limitar os problemas causados pela violência em sete favelas dominadas por traficantes de drogas.

A decisão foi tomada devido ao aumento da violência naquela cidade brasileira.

A EFE indicou que o curso será dado por professores da Cruz Vermelha, que já desenvolve várias medidas para tentar combater a violência que afeta as escolas em zonas de conflito.

Este curso já existe em áreas de conflitos armados e violência urbana de países como Colômbia, México, Honduras, Líbano e Ucrânia.

Durante o treino, os professores receberão aulas de autoproteção e protocolos de segurança, que serão depois transmitidos para outros grupos de professores.

Várias favelas do Rio de Janeiro são afetadas por situações de violência armada que geram problemas humanitários.

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informou que, em apenas sete de um total de 85 dias de aulas neste ano letivo, não houve registo de tiroteios perto de escolas localizadas em favelas.

Hoje, cerca de 8.000 alunos de 12 escolas não tiveram aulas por causa de tiroteios nas favelas Complexo da Maré, na zona norte da cidade, e na Cidade de Deus, na zona oeste.

A rede municipal de ensino do Rio de Janeiro possui 1.530 escolas e um total de 650 mil alunos.

No final de março, a morte de uma menina de 13 anos que sofreu vários ferimentos de bala quando fazia ginástica no pátio de uma escola, durante um confronto entre traficantes e polícias, chocou o Brasil.

O aumento da violência levou os professores a mobilizarem-se contra ações de polícias em favelas no momento da entrada dos estudantes nas instituições de ensino.

Segundo a Amnistia Internacional, ocorreram, pelo menos, 1.771 tiroteios no Rio de Janeiro durante o primeiro trimestre do ano.

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