Os professores terminaram na quinta-feira uma semana de greves em defesa da contagem integral de tempo de serviço congelado, que tal como a manifestação de hoje estavam marcadas há cerca de um mês, mas também na quinta-feira o Governo aprovou um decreto-lei que define que os professores vão recuperar dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço congelado, uma “declaração de guerra” nas palavras da Federação Nacional de Professores (Fenprof).
Os professores exigem a recuperação de nove anos, quatro meses e dois dias de serviço.
A semana de greves que culmina com a manifestação, a coincidir com o Dia Mundial do Professor, é convocada pelas maiores estruturas sindicais, como a Fenprof mas também a Federação Nacional de Educação (FNE).
Na manifestação de hoje participarão também os secretários-gerais das centrais sindicais, a CGTP e a UGT, Arménio Carlos e Carlos Silva, respetivamente, além de delegações partidárias.
A manifestação passa pela Avenida Almirante Reis, Martim Moniz, Praça da Figueira, Rua da Prata e Praça do Comércio, e no final serão anunciadas novas “formas de luta” ainda para o primeiro período letivo.
A aprovação do decreto-lei na quinta-feira foi considerada ilegal pelos sindicatos, com a Fenprof a falar de “prepotência e inflexibilidade” do Governo e a apelar a uma grande adesão à iniciativa de hoje.
A FNE falou de “afronta aos professores” e garantiu que vai recorrer aos tribunais e a mais contestação.
O BE já anunciou que se o Presidente da República promulgar o diploma o partido vai avançar com uma apreciação parlamentar. A decisão do Governo também foi criticada pelo partido ecologista Os Verdes e pelo PCP, com os comunistas a pedirem uma audição do ministro no Parlamento e a anunciaram também a apreciação parlamentar do decreto-lei.
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