Segundo uma fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a tipologia de ocorrências com maior incidência foi a queda de árvores, a totalizar 4.751 ocorrências, seguido de queda de estruturas, 2.251 e limpezas de via com 1.389.

Das 8.600 ocorrências registadas pela Proteção Civil, as áreas mais afetadas foram as regiões de Lisboa e Vale do Tejo, com 5.250 e a região Centro com um total de 1.722.

Relativamente às ocorrências mais significativas em curso, a Proteção Civil destacou situações em ruas, avenidas e travessas de “um conjunto significativo ainda de locais por toda a Grande Lisboa, em particular”.

Quanto ao registo de vítimas, a ANEPC lembrou o registo de uma pessoa ferida com gravidade no concelho de Sintra (distrito de Lisboa), após a queda de uma árvore na quarta-feira, e de um ferido ligeiro (um maquinista de comboios) na Linha de Cascais, no mesmo distrito, na sequência da colisão de uma composição ferroviária de passageiros com uma árvore caída na linha.

Na cidade de Lisboa, o município disse hoje de manhã que houve seis pessoas feridas, que não motivam preocupação, dos quais um agente da Polícia Municipal e outro da PSP, dois bombeiros e dois civis.

Também 15 pessoas ficaram desalojadas e 13 tiveram de ser deslocadas, em resultado da passagem da depressão.

De acordo com a Proteção Civil, as condições meteorológicas adversas da passagem da depressão Martinho obrigaram à deslocação de 200 pessoas do parque campismo de Pinhal Novo, em Palmela, no distrito de Setúbal.

A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.

Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.

Na noite de quarta para quinta-feira, os ventos fortes ajudaram a propagar cerca de meia centena de incêndios rurais no Minho, sem registo de vítimas ou danos em habitações, numa época pouco propícia a fogos.

O cenário de chuva e vento fortes vai manter-se até sábado, segundo as autoridades.