O presidente da APED, Luís Paulo Fernandes, entregou a António Costa uma cópia da resolução, aprovada em 2013 por unanimidade no parlamento, que recomenda ao Governo o estudo e a tomada de medidas específicas de apoio à sustentabilidade e valorização da atividade das empresas itinerantes de diversão.

Durante cerca de um minuto, Luís Paulo Fernandes dirigiu-se a António Costa, quando o primeiro-ministro chegava ao Convento São Francisco, em Coimbra, onde vai participar na sessão de abertura de uma convenção do poder local.

Ao mesmo tempo que decorre o evento, cerca de 40 a 50 pessoas ligadas ao setor de diversões itinerantes estão a manifestar-se desde as 08:45 pela sustentabilidade da atividade em Coimbra, junto ao Convento São Francisco.

"[O primeiro-ministro] disse que ia ver e que ia tentar fazer o possível", referiu Luís Paulo Fernandes, considerando "vergonhoso" que os presidentes dos municípios não se tenham ainda dirigido à concentração das pessoas ligadas ao setor de diversões itinerantes.

O presidente da APED sublinha que é urgente garantir a sustentabilidade do setor, tendo "receio de que os operadores que se mantenham não consigam fazer a manutenção efetiva dos equipamentos".

Por volta das 08:45, depois de uma marcha lenta na Avenida da Guarda Inglesa que não causou constrangimentos no trânsito de Coimbra, os manifestantes concentraram-se à entrada do Portugal dos Pequenitos, próximo do convento, sem causarem desacatos.

Entre buzinadelas e palavras de protesto amplificadas por um sistema de som, os empresários de diversões itinerantes apelavam aos autarcas para que, "junto do senhor primeiro-ministro, exijam que seja cumprido aquilo que foi votado pelos partidos em 2013", referia um dos manifestantes.

"Venham junto de nós, serão bem recebidos senhores autarcas", apelou José Bandeira, empresário do setor, que fazia uso do microfone, ligado a um sistema de som colocado num jipe.

No Convento São Francisco decorre, a partir das 09:30, uma convenção nacional para assinalar os 40 anos do poder local democrático em Portugal, com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em causa, sublinhou José Bandeira, está "a sustentabilidade das empresas" para estarem "presentes nas maiores festas e romarias do país".

Os manifestantes envergavam cartazes onde se podia ler "A nossa vida está no Diário da República" ou "Isto é para ser Lei", num protesto em que se fizeram acompanhar de um carrinho de choque com a bandeira de Portugal hasteada, atrelado a um veículo.

Os empresários de diversões reclamam do Governo, entre outros pontos, a descida da taxa máxima do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) que têm de suportar e cujo aumento "magistral", em 2011, de 06% para 23%, "acabou com a percentagem de lucro", segundo a APED.

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