O porta-voz da polícia hondurenha, Jair Meza, não confirmou, no entanto, a existência de vítimas mortais.
“Dizem que há mortos, mas não foram reconhecidos pelas autoridades públicas”, disse Jair Meza, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
Segundo a comunicação social das Honduras, três das sete vítimas morreram na sexta-feira à noite num hospital da região norte do país. As vítimas terão sido baleadas durante confrontos com a polícia militar hondurenha.
Os corpos de outros dois ativistas deram entrada, na noite de sexta-feira, no departamento de medicina legal do Ministério Público de San Pedro Sula, de acordo com as mesmas fontes.
As restantes vítimas identificadas pela imprensa hondurenha foram um homem que morreu na quinta-feira à noite e um adolescente de 14 anos que alegadamente foi atingido por tiros durante uma manifestação.
Desde o ato eleitoral de domingo passado, e a par dos protestos, as Honduras têm sido cenário de vários incidentes de vandalismo, incluindo danos em edifícios públicos e privados, pilhagens e incêndios.
As ações de protesto envolvem simpatizantes de Salvador Nasralla, candidato presidencial da Aliança da Oposição contra a Ditadura, que acredita estar a ser alvo de fraude eleitoral.
Os primeiros resultados do ato eleitoral, difundidos na madrugada de segunda-feira, chegaram a dar a Salvador Nasralla uma vantagem sobre o Presidente cessante, o conservador Juan Orlando Hernández (do Partido Nacional), mas a diferença foi lentamente diminuindo até que a ordem se inverteu.
Perante tal impasse, a autoridade eleitoral do país anunciou, entretanto, a recontagem de alguns votos.
De modo a travar a vaga de protestos e violência, o governo das Honduras decretou na sexta-feira estado de exceção no país
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