A secretária-geral adjunta do PS considerou hoje que não há nenhuma crise política à vista e manifestou-se confiante num entendimento com os partidos que apoiam o Governo para a aprovação do Orçamento do Estado para 2017.

"Parece-me que não há à vista nenhuma questão de instabilidade política, nenhuma crise política. Os acordos estão firmes e estão para durar", declarou Ana Catarina Mendes, acrescentando: "Foi a isso que nós nos propusemos, governar para uma legislatura, e é para esse compromisso que aqui estamos, melhorando as condições de vida das pessoas".

A secretária-geral adjunta do PS falava aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, no final de uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a situação política, que durou cerca de uma hora e dez minutos.

Sobre o Orçamento do Estado para 2017, Ana Catarina Mendes afirmou: "Está a ser preparado, será preparado inevitavelmente com o Bloco de Esquerda, o Partido Ecologista "Os Verdes" e o Partido Comunista, e estou confiante que chegaremos a um bom resultado também em 2017".

A dirigente socialista fez "uma avaliação positiva" dos primeiros oito meses do atual executivo, "pela estabilidade governativa" e "firmeza dos acordos parlamentares" que o sustentam e também "pela coesão dentro dos partidos que apoiam o Governo do PS".

Como principais resultados da governação, apontou a devolução de rendimentos e de direitos e a evolução da economia.

Ana Catarina Mendes defendeu que o PS tem sido capaz de cumprir os compromissos que assumiu com os eleitores, com os seus parceiros políticos e ao mesmo tempo os compromissos internacionais.

"É nisso que continuaremos empenhados, não há nenhuma razão para que não continuemos empenhados neste equilíbrio que é necessário", acrescentou.

Ana Catarina Mendes chefiou uma delegação do PS composta também pelos dirigentes socialistas Porfírio Silva e José Manuel Mesquita.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está hoje a receber os sete partidos com assento parlamentar para uma análise da situação política, e irá ouvir também os parceiros sociais, até quarta-feira.

Na quarta-feira, em Loulé, o chefe de Estado disse que estes encontros com os partidos e parceiros sociais fazem parte de uma rotina que decidiu instituir, com intervalos de dois meses e meio.

Há cerca de três meses, a 26 de abril, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu-se com os partidos com assento parlamentar para debater dois temas específicos na agenda política, o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas apresentados pelo Governo do PS.