Numa intervenção no segundo dia do 22.º Congresso do PS, na Batalha, distrito de Leiria, Fernando Medina afirmou que "ideário sem ação é um vazio", acrescentando: "Nós não somos um partido da proclamação retórica e vazia".
"Nós somos um partido que todos os dias, em todos os momentos, em todas as alturas tem de saber ler o contexto, tem de saber onde se mexe, tem de saber onde procurar alianças, tem de saber a forma como transformamos a realidade para uma sociedade melhor para todos", defendeu.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e membro do Secretariado Nacional do PS, este Congresso convoca os socialistas a refletirem sobre a aplicação dos seus ideais nos tempos atuais.
"Como é que atualizamos o nosso ideário, como é que transformamos os ideais de liberdade, de desenvolvimento, de justiça, como é que os concretizamos nos dias de hoje e como é que os concretizamos com o realismo e com a noção de que nós somos um partido de Governo", disse.
Fernando Medina subscreveu os quatro desafios estruturais traçados pelo secretário-geral do PS, António Costa, demografia, sociedade digital, políticas de combate às desigualdades e alterações climáticas.
"A própria escolha dos temas diz muito sobre a atualização do nosso ideário", considerou, argumentando que procurar políticas concretas para responder a esses desafios, discutir temas como a economia digital, a formação profissional ou o combate à precariedade é lutar pelos mesmos valores de sempre do PS, a liberdade, a igualdade, a justiça social e o progresso.
"Nada há de mais progressista, nada há de mais revolucionário, nada há de mais socialista do que este objetivo para o futuro", declarou.
Elencando outros temas, como os fundos comunitários ou o transporte coletivo, Fernando Medina concluiu: "É por isso que esta agenda que nos é colocada não é uma agenda de outro partido, de outra frente política, e não é uma agenda proclamatória, é uma agenda do futuro da liberdade, da igualdade e do progresso para todos".
O autarca socialista terminou a sua intervenção afirmando que o PS chega a esta reunião magna "com a confiança de quem cumpriu" os compromissos que tinha assumido com os portugueses e que espera que saia com "uma energia reforçada, uma força mobilizada".
O PS "cumpriu na mudança de relação com a Europa, cumpriu na abertura de possibilidades com a Europa, cumpriu no reequilíbrio social do nosso país, mas também no défice, cumpriu na dívida e cumpriu na economia", sustentou.
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