Carlos César falava aos jornalistas após ter visitado o Núcleo Empresarial da Região da Guarda (NERGA) e a Associação de Comércio e Serviços do Distrito da Guarda, deslocações que se realizaram no âmbito do segundo dos três dias de Jornadas Parlamentares do PS.
Numa referência à execução do novo quadro comunitário de apoio “Portugal 2020″, o presidente do PS disse que as duas reuniões que teve com agentes económicos da Beira Interior lhe permitiu concluir que “é preciso fazer um esforço muito importante ao nível da governação para que haja uma maior celeridade e uma maior facilitação de todos os aspetos processuais relacionados com investimentos, apoios às empresas e satisfação de pagamentos”.
“Isso é fundamental que ocorra sobretudo para as empresas das regiões do interior, onde os atrasos ou faltas de atenção têm maiores consequências do que para as empresas que operam com grandes mercados ou possuem maior escala”, advertiu o presidente do PS.
Carlos César reforçou depois esta mensagem, salientando que o Grupo Parlamentar do PS “não está aqui [no distrito da Guarda] para elogiar o Governo e não está aqui para defender o Governo junto das empresas ou das pessoas”.
“O Grupo Parlamentar do PS está aqui para defender as empresas e as pessoas junto do Governo”, contrapôs o líder da bancada socialista.
Interrogado sobre queixas dos empresários sobre as dificuldades de acesso a financiamento bancário, o presidente do PS recorreu ao período do anterior Governo PSD/CDS-PP para sustentar que agora, com a mudança do poder político, a situação está a melhorar.
“A preocupação que me tem sido evidenciada relaciona-se com o laxismo e omissão que ao longo dos últimos anos houve por parte do Governo da República ao deixar que vários processos de instituições bancárias se fossem arrastando com a degradação correspondente. No presente, manifestam-me é a satisfação por ao nível de diversas instituições bancárias estar a ser reposta a normalidade e a capacidade dessas instituições bancárias corresponderem aos créditos que a economia necessita”, declarou.
Porém, de acordo com o presidente do PS, falta ainda resolver um problema de capitalização das empresas, conferindo-lhes capacidade para reunirem as condições necessárias para o acesso ao crédito da banca.
“Penso que o Governo tem vindo a proceder de uma forma conscienciosa e o mais rápido possível” nessa matéria, completou.
Interrogado se o salário mínimo nacional, no próximo ano, ficará nos 557 euros (tal como prevê o executivo) ou nos 540 euros (tal como defendem as confederações patronais), o presidente do PS respondeu que nessa matéria “vale o que disse o primeiro-ministro”, António Costa.
“Este Governo privilegia a concertação social para o maior número de decisões possíveis relacionadas com o futuro económico e social do país. No cumprimento do programa do Governo e dos nossos compromissos, acreditamos que é do diálogo que nascerá a melhor solução”, acrescentou.
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