Em 2013, o PSD conquistou 85 câmaras sozinho e venceu em 78 este ano, quando faltam ainda apurar os resultados oficiais e os presidentes eleitos em cinco dos 308 concelhos portugueses.
Além de ter menos câmaras do que em 2013, o PSD caiu para terceira força política em Lisboa, atrás do CDS-PP de Assunção Cristas, e no Porto.
Na capital, o socialista Fernando Medina ganhou, mas perdeu a maioria absoluta. Já no Porto, o independente Rui Moreira foi eleito para um segundo mandato, mas, desta vez, com maioria absoluta.
O PS tinha assegurado, pelas 06:00 de hoje, a vitória em 157 câmaras, mais 11 do que em 2013, um aumento feito, em boa parte, à custa de municípios conquistados à CDU (PCP-PEV).
A CDU perdeu dez câmaras, entre elas, bastiões comunistas no Alentejo (como Beja) e no distrito de Setúbal, como Alcochete, Barreiro ou Almada.
O BE voltou a não conseguir qualquer câmara, como aconteceu em 2013, e o CDS-PP aumentou para seis o número de municípios que vai liderar.
As candidaturas independentes ganharam pelo menos 17 câmaras, mais quatro do que em 2013.
Dos 303 presidentes de câmara já eleitos, há ainda um do JPP e um do Nós, Cidadãos!. As coligações PSD/CDS-PP conquistaram 15 câmaras e dois presidentes foram eleitos por coligações PSD/CDS-PP/PPM, um por uma coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM e um por uma aliança Livre/PS.
Dos mais de nove milhões de eleitores inscritos, cerca de 44% abstiveram-se nas eleições de domingo, mas o número final da afluência às urnas só será apurado quando estiver fechada a contagem de votos em todas as freguesias.
Pelas 06:00, estavam ainda por apurar os resultados em 11 das 3.092 freguesias portuguesas, desconhecendo-se quem são oficialmente os presidentes eleitos de cinco concelhos: Nelas, Maia, Valença, Funchal e Fafe.
No Funchal, porém, Paulo Cafôfo, atual presidente da câmara e candidato a novo mandato numa coligação liderada pelo PS, já reivindicou vitória, mas desconhece-se se conseguiu maioria absoluta.
O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou no domingo que o resultado das eleições autárquicas "reforça" politicamente a maioria parlamentar que suporta o Governo e apontou o PSD como o grande derrotado da noite eleitoral.
A situação foi desdramatizada pelo líder comunista, Jerónimo de Sousa: "Quero, com uma grande sinceridade, afirmar que, apesar da dureza desta campanha, em termos físicos, anímicos, posso garantir que estou pronto para outra", afirmou.
Alguns ex-dirigentes do PSD puseram a hipótese de o líder do partido, Pedro Passos Coelho, se demitir após os resultados das eleições de domingo.
"Não me demito nem esta noite, nem amanhã nem depois de amanhã, o que eu disse é que iria avaliar se faz sentido ou não propor-me a um novo mandato", disse Passos Coelho, admitindo porém que estes foram “um dos piores resultados de sempre” do partido e prometendo que vai fazer uma reflexão pessoal.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou-se como líder da oposição na capital, apontando que quer trabalhar para estender essa liderança ao país.
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