“Há boa vontade do Governo Regional da Madeira, do Instituto de Meteorologia da Madeira, agora não tem existido essa boa vontade de algumas entidades a nível nacional e há atrasos” na realização dos estudos necessários no sentido de avaliar a alteração dos limites dos ventos para a operacionalidade do aeroporto da ilha, disse Paulo Neves.

O deputado falava após uma visita que os representantes sociais-democratas na Assembleia da República efetuaram hoje aos serviços dos Instituto de Meteorologia do arquipélago.

Paulo Neves destacou que os três parlamentares do PSD em São Bento têm “feito uma enorme pressão sobre várias instituições portuguesas”, caso da Navegação Aérea de Portugal- NAV, “para que façam todos os estudos que têm de ser feitos".

“Estamos a falar da operacionalidade do Aeroporto da Madeira”, sublinhou, destacando a importância desta infraestrutura para a mobilidade das pessoas e economia da região.

No seu entender, é importante que se realizem os estudos necessários e se “apresentem as conclusões, e se alterem, se for para alterar, as condições de operacionalidade do aeroporto da Madeira”.

Paulo Neves recordou que “o Governo Regional chegou a ponderar e disponibilizou-se para pagar tudo o que fosse necessário para haver aparelhos para fazerem as medições que têm de ser feitas na operacionalidade do aeroporto da Madeira”

Ainda destacou que, na qualidade de deputados, a sua missão é “fazer pressão para que instituições que têm responsabilidade nesta matéria dos aeroportos em Portugal façam o seu trabalho, comprem e instalem os melhores materiais técnicos para fazerem as melhores avaliações para concluirmos o que há a fazer”.

O Governo da Madeira tem vindo a defender a alteração dos limites do vento no Aeroporto da Madeira, impostos na década de 60, argumentando que existem outras condições técnicas em termos dos aviões e que a própria infraestrutura aeroportuária sofreu aumento do comprimento da pista de 1.600 metros para 2.781 metros.

O presidente da TAP, Antonoaldo Neves, já rejeitou esta possibilidade, alegando motivos de “segurança”.

O vento é a principal razão para o Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo, a principal porta de entrada na Região Autónoma, ficar frequentemente condicionado, provocando o cancelamento de voos ou a sua deslocação para outros destinos, afetando milhares de visitantes e residentes.