A medida revelada na quarta-feira pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, "deixa de fora muitos utilizadores menos frequentes", refere um comunicado dos sociais-democratas enviado à agência Lusa.
"Só terá desconto quem utilizar a via pelo menos oito dias por mês. Esta metodologia deixa de fora, por exemplo, turistas que visitem a região, enquanto uma redução generalizada poderia constituir um incentivo para mais visitantes se deslocarem à região", salienta a nota.
De acordo com o PSD de Miranda do Corvo, concelho abrangido pela A13 e A13-1, o tecido empresarial da região também sairia beneficiado se existisse uma redução mais significativa e sem condições, com perspetivas de "melhorias a nível da atividade económica e da criação de emprego".
"Não podemos também deixar de criticar que se esteja a anunciar uma medida que só entrará em vigor no mês de julho, quando a mesma só peca por ser tardia e escassa", criticam os social-democratas.
A comissão política concelhia considera ainda fundamental a construção do troço da A13 que vai ligar a zona da Portela, onde agora termina a via, ao nó com o IP3, A14 e A1 em Coimbra Norte.
A A13 (Entroncamento-Coimbra) e a A13-1, que faz a ligação a Condeixa-a-Nova, ao IC2 e à Autoestrada 1, pertencem à subconcessão do Pinhal Interior e integram o pacote de autoestradas que vão ter descontos a partir do segundo semestre deste ano.
A ministra da Coesão Territorial anunciou na quarta-feira descontos nas portagens de sete autoestradas a partir do terceiro trimestre do ano para os "utilizadores frequentes".
"Vai ser posto em prática no terceiro trimestre deste ano. Estamos a falar de um desconto de quantidade para os veículos classe 1 e classe 2", afirmou Ana Abrunhosa, que falava à margem de uma visita no âmbito da iniciativa "Governo mais próximo", no distrito de Bragança.
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