“Perante a marcação de eleições para o Grupo Parlamentar do PSD, entendi, em estreita ligação com o presidente do PSD, Dr. Luís Montenegro, apresentar a minha candidatura à liderança do grupo parlamentar”, refere, numa declaração escrita enviada à Lusa.

Miranda Sarmento, que foi presidente do Conselho Estratégico Nacional na direção de Rui Rio e coordenou a moção de estratégia de Luís Montenegro, adiantou três razões para esta candidatura, anunciada pouco depois de Paulo Mota Pinto ter comunicado que iria convocar eleições para a bancada para 12 de julho “a pedido” do novo presidente eleito.

“Primeiro, para contribuir para a união do PSD. Contribuir para que o Grupo Parlamentar esteja unido, coeso e empenhado nesta nova fase do partido e em estreita ligação com a liderança do Dr. Luís Montenegro”, afirma.

Em segundo lugar, o professor universitário de Finanças, do ISEG, considera que pode “dar um contributo, com uma equipa competente e motivada, para que o Grupo Parlamentar tenha um papel central no forte escrutínio à atuação do Governo e na oposição política à atual maioria absoluta”.

“No atual momento da vida política nacional, o PSD vai liderar a oposição ao Governo de maioria absoluta que, ao fim de apenas 3 meses de mandato, já se transformou num rolo compressor do poder absoluto, da incompetência e do desnorte”, critica.

Como terceira razão, o professor auxiliar do ISEG invoca a sua “experiência profissional e académica e os dois anos e meio de presidência do Conselho Estratégico Nacional do PSD” para que o grupo parlamentar seja, em colaboração com todos os órgãos do partido, “um pilar fundamental na afirmação do PSD, não apenas na liderança da oposição e escrutínio ao governo, mas na alternativa de que Portugal precisa”.

“Uma alternativa assente em trabalho, reflexão, discussão e decisão. Uma alternativa assente num programa, medidas, projetos e propostas que sejam reformistas, ambiciosas e credíveis. Uma alternativa que permita colocar Portugal num caminho de crescimento económico (por oposição às duas últimas décadas de estagnação económica socialista)”, acrescenta, ainda.

Joaquim Miranda Sarmento assegura contar “com todos os deputados do PSD, que formam um grupo parlamentar rico na diversidade e na qualidade política e técnica”.

“O que nos une é muito mais do que o que eventualmente nos poderá separar. Todos são importantes para dar nestes anos o melhor de si. Todos são importantes para ajudar o PSD a ser oposição, mas sobretudo uma alternativa forte credível e conquistar a confiança dos portugueses”, apela.

Joaquim Miranda Sarmento, 43 anos, foi assessor económico do então Presidente da República Cavaco Silva no segundo mandato, consultor da UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) e trabalhou cerca de dez anos no Ministério das Finanças.

Paulo Mota Pinto, que foi eleito líder parlamentar em 07 de abril para um mandato de dois anos com mais de 90% dos votos, anunciou hoje que vai convocar eleições antecipadas para a direção da bancada para 12 de julho por ter sido informado pelo presidente eleito, Luís Montenegro, que pretendia mudar a direção da bancada.

“Estava disponível para exercer o mandato e para colaborar, para me articular, com a direção do partido”, assegurou.

No entanto, considerou que a manutenção no cargo dependeria de ter legitimidade eleitoral e a “confiança política” da direção do partido.

“Fui informado pelo presidente eleito do partido, Luís Montenegro, que pretende mudar a direção do grupo parlamentar e, para isso, que sejam realizadas novas eleições. Não está verificada a segunda condição que indiquei”, justificou.

Mota Pinto convocará formalmente as novas eleições para a direção do grupo parlamentar no primeiro dia útil em funções da nova direção – segunda-feira, 4 de julho -, o que atirará a eleição para 12 de julho (oito dias depois, como indica o regulamento da bancada).

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