A moção de estratégia global de Rio, “Governar Portugal ao Centro”, foi aprovada de braço no ar, sem votos contra e com duas abstenções, numa altura em que a sala estava com muito menos de metade dos delegados.
Já as propostas temáticas foram todas aprovadas, depois de, pela primeira vez em congresso, terem sido votadas através de meios eletrónicos. Os conselheiros puderam votar individualmente cada uma delas através de um site.
Na moção global, que Rio apresentou aos militantes no final de novembro no âmbito da campanha interna para as eleições diretas, refere-se que o PSD “está em condições de governar Portugal”, a mês e meio das legislativas de 30 de janeiro.
O texto defende que “importa construir uma nova maioria sem linhas vermelhas, assente no diálogo e no compromisso, à esquerda ou à direita, cujo único limite será a da moderação, do respeito pelas instituições constitucionais e a do superior interesse nacional”.
“As próximas eleições decidir-se-ão ao centro do espetro político-partidário. É esse centro político que determinará qual das opções vingará: ou a continuidade das políticas de esquerda que têm conduzido ao empobrecimento relativo do nosso país face aos nossos parceiros europeus, ou a mudança para uma política de libertação da economia e da sociedade portuguesas”, refere o texto.
Neste Congresso, muitas das propostas temáticas centram-se em críticas às desigualdades territoriais e ao processo de descentralização, bem como pedidos de reforma do sistema político e eleitoral.
A proposta temática mais votada, com 86% de votos a favor, foi a dos Autarcas Sociais-Democratas (ASD), sobre “Políticas Públicas de proximidade ao serviço da sustentabilidade dos territórios”.
A única abaixo dos 50% foi a proposta da coordenadora das Mulheres Sociais-Democratas, Lina Lopes, intitulada “Passar à ação: por uma participação mais equilibrada de mulheres e homens na defesa da social-democracia”, aprovada com 41% de votos a favor, 30% contra e 29% de abstenções.
Se só o presidente eleito pode apresentar uma moção de estratégia global, as propostas setoriais podem ser apresentadas pela direção, pelas várias estruturas autónomas do partido (JSD, ASD e TSD), pelas estruturas regionais e distritais ou ainda subscritas por 1.500 militantes ou por 50 delegados.
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