Em breves declarações no jardim da sede nacional, em Lisboa, Luís Montenegro manifestou “um grande orgulho e honra” por o presidente do Governo Regional da Madeira ter aceitado ser seu mandatário, e elogiou-o pela sua “visão de futuro”.

“É olhar para exemplos como os que vêm do Governo Regional da Madeira que queremos projetar a nossa intervenção futura no país: criar mais riqueza e fazer mais justiça social”, afirmou o candidato.

Por seu lado, Miguel Albuquerque elogiou “a capacidade e competência” de Luís Montenegro para liderar “uma alternativa” ao atual Governo socialista e “romper com o conservadorismo”.

“O Luís Montenegro é uma pessoa humilde, uma pessoa lúcida e que está ao serviço de Portugal”, afirmou.

O processo de candidatura foi formalizado com a entrega de mais de 2.800 assinaturas - o mínimo necessário são 1.500 -, o orçamento de campanha que ronda os 48 mil euros e a proposta de estratégia global, que, no entanto, não foi ainda tornada pública.

Marcaram presença na sede nacional do PSD o coordenador da moção, o ainda presidente do Conselho Estratégico Nacional Joaquim Sarmento, o diretor de campanha, Carlos Coelho, o mandatário financeiro, Almiro Moreira, e a militante histórica Virgínia Estorninho.

No final, o secretário-geral do PSD, José Silvano, veio ao jardim e cumprimentou todos os presentes.

Desafiado pelos jornalistas a explicar as linhas orientadoras da sua moção, Luís Montenegro remeteu essa análise para os próximos dias e reiterou a ambição do PSD ser “o maior partido português” e de vencer as legislativas daqui a quatro anos.

“O nosso foco, o nosso objetivo e desígnio é vencer as legislativas de 2026 para dar a Portugal um Governo reformista, humanista, um Governo que possa colocar Portugal no trilho do crescimento e da criação de riqueza”, afirmou.

Instado a clarificar o que constará na sua moção sobre política de alianças, o antigo líder parlamentar do PSD considerou que o tema “está mais do que esclarecido”.

“O foco do PSD é ser alternativa ao PS, é ser a casa mãe de todos os que não se reveem no socialismo (…) Não somos no PSD nem socialistas, nem ultraliberais, somos a casa que está aberta a um conjunto muito significativo de portugueses que nas últimas eleições não votaram em nós”, disse.

“Não há ambiguidade, não há dúvida nenhuma, não vamos fazer o frete ao PS que é desviar-nos do nosso foco, isso é o que quer o dr. António Costa, mas eu não sou cúmplice do dr. António Costa nem do PS”, afirmou.

Questionado se o CDS-PP poderá ‘caber na bagagem’ para as eleições europeias de 2024, Montenegro praticamente afastou essa possibilidade.

“Neste momento, nós temos o nosso projeto e o nosso caminho, é nele que nos vamos concentrar e respeitamos o dos outros”, disse.

Já desafiado a comentar as críticas do seu adversário interno, Jorge Moreira da Silva, que em entrevista ao Observador disse não andar “em conspirações ou jantares”, Montenegro recusou responder, dizendo não ter outro adversário que não seja António Costa.

“Se, como espero, for vencedor destas eleições, darei exemplos muito imediatos da capacidade de unir e de agregar em torno de um projeto comum”, afirmou.

As eleições diretas do PSD realizam-se em 28 de maio e o Congresso entre 01 e 03 de julho, no Porto.

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