Numa pergunta dirigida ao ministro, as parlamentares social-democratas afirmam que “milhares de pessoas” são obrigadas a percorrer dezenas de quilómetros para aceder a serviços de saúde e, “muitas vezes mesmo", a ir ao hospital de Aveiro, a cerca de 46 quilómetros, “que se encontra, já de si, muito congestionado”.
Segundo Regina Bastos e Susana Lamas, em dezembro o Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga determinou uma redução do horário de atendimento dos utentes naquele centro de saúde, que deixaram de poder obter cuidados de saúde naquele serviço a partir das 20:00.
De acordo com esclarecimentos públicos do diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga, trata-se de uma situação temporária, devido ao facto de quatro dos oito médicos ali em serviço terem atingido o limite de idade para fazer o período noturno.
“A verdade é que o encerramento prejudica seriamente o direito à proteção da saúde de que as populações do concelho de Sever do Vouga são titulares”, assinalam as deputadas.
Além de pretenderem que o Governo esclareça quando prevê reverter a redução do horário de atendimento e se prevê o reforço dos recursos humanos, em especial de médicos, as duas deputadas querem que o executivo se pronuncie sobre a possibilidade de o Centro de Saúde de Sever do Vouga passar do atual serviço de atendimento complementar para o serviço de urgências, “que foi a base da criação e ampliação do mesmo centro, custando milhões de euros aos contribuintes”.
“Sever do Vouga é um concelho envelhecido, sem uma rede de transportes interna viável, que se reflete num serviço de transporte inexistente para fora do concelho”, vincam as deputadas, no texto que suporta a pergunta.
O Centro de Saúde de Sever do Vouga presta cuidados de saúde a uma população superior a 12 mil beneficiários do Serviço Nacional de Saúde, de acordo com dados das deputadas.
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